Veja a cobertura completa da polêmica Audiência de Instrução Criminal do caso Valdene Lima em Esperantina

A equipe de reportagem do maior e melhor Portal de Noticias do Território dos Cocais, o jornalesp.com realizou a cobertura completa da polêmica Audiência de Instrução Criminal, do assassinato do jovem motorista da Van, Valdene Lima de Carvalho, que foi realizada na tarde da última segunda-feira (29/07), na cidade de Esperantina, e foi bastante movimentada.

Logo no inicio da manhã, dezenas de familiares e amigos do motorista assassinado friamente no interior da Van que dirigia no dia 15 de novembro do ano passado, na periferia da cidade de Esperantina, realizaram uma manifestação em frente do Fórum Desembargador, Walter Carvalho Miranda, cobrando das autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público local,  Justiça.

Logo depois, por volta do meio dia, começaram a chegar no Fórum, o criminoso, Edilson José Lino Eusébio, o popular Gagun e o suporto mandante do trágico crime, o comerciante, Edmar Andrade da Silva, o popular Trovão. A chegada dos dois citados acima nas dependências do Fórum, provocou um principio de tumulto por parte dos manifestantes. Os dois, tanto o homicida, bem como, o possível mandante, tiveram que entrar correndo as pressas para dentro do referido Fórum.

Vale ressaltar que a Audiência de Instrução Criminal, foi presidida pelo Juiz de Direito da Comarca, Dr. Leonardo Brasileiro e teve como titular da Ação, o representante do Ministério Público, o Promotor de Justiça, Dr. Sergio Reis Coelho. Atuou na condição de advogado de defesa da família do motorista assassinado, o jovem Raimundo Nonato de Carvalho Silva. Já o advogado, Virgilio Barcelar atuou na condição de advogado de defesa de Edimar Andrade Silva, o popular, Trovão, citado pela Justiça como o possível mandante do crime.

O advogado, Diego Luis Fortes, atuou como advogado de defesa do criminoso, Edilson José Lino Eusébio, o popular Gagun. Já o advogado, Alessandro Lopes, atuou na defesa do suposto agenciador do crime, Raimundo Nonato Vaz de Araújo, conhecido popularmente como, Compadre Napoleão.

A primeira pessoa que prestou depoimento foi o irmão da vitima, o estudante, Ismael Carlos de Sousa.

Ismael, fez um relato completo do dia do fatídico crime desde a saída da Van em Teresina, até o momento do episódio que culminou com o assassinato frio e calculista do seu irmão Valdene Lima.

De acordo com o estudante que ajudou o seu irmão na condição de cobrador da Van, chegou a declarar que o assassino não esboçou nenhuma reação durante toda a viajem.

Segundo Ismael, o seu irmão foi morto a mando de Trovão, que jurou mandar matar o mesmo, depois que ambos brigaram por causa de uma mulher conhecida como Ana Paula, durante a realização de um Pancadão de Som no Clube Ponto Verde, localizado na cidade de Matias Olímpio.

Já o pai da vítima, o empresário, José Maria Carvalho, disse que o  coemrciante Trovão, e seus amigos, bateram tanto no seu filho durante uma festa em Matias Olímpio, que o mesmo, passou mais de um mês “escarrando sangue”.

De acordo com o empresário, a confusão entre o seu filho e o comerciante Trovão, foi em função de um carro de som e uma mulher de Matias Olimpio.

José Maria muito emocionado disse que perdeu a metade de sua vida.

“O meu filho era um homem muito trabalhador. Estou sofrendo muito. Com a morte do Valdene foi a embora da metade de mim”.

Já o corretor de veículos, Abdias Rego que prestou depoimento na condição de testemunha de defesa do comerciante Trovão, iniciou o seu depoimento afirmando que conhece o comerciante Trovão, a mais de vinte anos e considera uma pessoa de ótima reputação.

Abdias chegou a declarar que chegou a conhecer o motorista Valdene Lima uns quinze dias antes de seu assassinato e que desfrutava da amizade dos dois, tanto de Valdene como do Trovão.

Segundo Abdias, dez dias antes do crime, chegou a receber uma ligação bastante misteriosa, de uma ex-namorada do Trovão de nome Cristiane, que reside na cidade de Barras. De acordo com Abdias, Cristiane afirmou no telefone que iria acontecer uma coisa muita séria com o seu ex-namorado Trovão.

Abdias afirmou também perante as autoridades que já vendeu mais de oito veículos para o comerciante Trovão.

Já o aposentado, Compadre Napoleão, que foi depor na condição de agenciador do assassinato, iniciou o seu depoimento, dizendo que tinha 68 anos de idade e que jamais teria coragem de mandar matar o filho de seu compadre de cortesia, José Maria que conhece toda a sua família a muito tempo.

Compadre Napoleão, chegou a negar que conhece o pistoleiro e muito menos o suposto mandante, Trovão.

“Eu fiquei espantado quando soube que o meu nome estava envolvido neste caso”.

Já o Promotor de Justiça, Sergio Reis, quis saber de Compadre Napoleão, se o mesmo já havia no passado ter algum problema na Justiça. Compadre Napoleão, afirmou que nunca teve nenhum problema e que era um homem livre.

Acontece que o Promotor lembrou para o depoente que pesquisou a vida do mesmo e encontrou que há cerca de vinte e cinco anos atrás, a imprensa noticiou que Compadre Napoleão, foi um dos responsáveis pelo assassinato do jornalista Helder Feitosa em Teresina. Segundo o Promotor,o crime foi de grande repercussão social no estado.

Sergio Reis, chegou a lê um pequeno trecho do depoimento do homicida Gagun, prestado na Policia Civil, onde na oportunidade, o criminoso relatou que conheceu a muitos anos atrás, Compadre Napoleão, inclusive, o mesmo chegou a lhe ensinar a atirar.

Já Compadre Napoleão falou que chegou a morar há mais de 17 anos na cidade de Timon e que nunca viu o Gagun, na sua vida.

O suposto mandante do crime, o comerciante, Edmar Andrade, o Trovão, começou o seu depoimento negando que tenha contratado o Compadre Napoleão, para mandar matar Valdene, que tinha como grande amigo.

“Eu nunca cheguei a triscar sequer em um único fio de cabelo do Valdene em toda a minha vida e a família dele sabe da minha inocência”.

Trovão negou também durante o interrogatório, que seja amigo do criminoso Gagun e do aposentado, Compadre Napoleão.

Segundo o comerciante, o crime contra Valdene Lima, pode ter o envolvimento de uma ex-namorada sua de nome Cristine, que reside na cidade de Barras. De acordo com Trovão, uma amiga sua de nome Miqueline que reside na cidade de Nossa Senhora dos Remédios, chegou a declarar para ele em uma determinada ocasião que Cristiane, era amiga do homicida Gagun.

Trovão, declarou para as autoridades, que no dia 15 de novembro do ano passado, não saiu em nenhum momento de sua casa e que ficou até as 20:00 horas, conversando com vários amigos, dentre eles: o advogado, Virgilio Barcelar, o corretor de veículos, Abdias Rego e tantos outros.

“Eu não sei porque até hoje estão me acusando deste crime”.

Já o advogado da família da vítima, Raimundo Carvalho, disse que alguém está mentindo neste processo. Segundo o advogado, Cristiane, Gagun ou Trovão, estão faltando com a verdade.

De acordo com Raimundo Nonato é preciso fazer uma acareação com os três citados para realmente saber quem está falando a verdade.

No final da Audiência tanto o homicida Gagun, bem como também, o comerciante Trovão e o seu advogado Virgilio Barcelar tiveram que sair sob um forte esquema de segurança feito por policiais da Força Tática.

Veja outros registros da Audiência, abaixo:

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