A Policia Civil concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (2), para prestar esclarecimentos sobre o andamento das investigações do assalto ao Banco do Brasil de Miguel Alves, que resultou na morte do gerente da agência, Ademyston Rodrigues Alves, e de três criminosos.
Segundo o delegado Menandro Pedro, duas pessoas já estão presas, Luiza Ferreira Lopes Galiza, que seria responsável por dar estrutura para a quadrilha em Teresina e Gessenildo Alves da Silva, que ajudaria os criminosos na fuga.
“Essas duas pessoas foram presas em flagrante na casa no bairro Saci, zona Sul de Teresina. Uma era namorada de um deles e esteve com o bando na noite anterior, viu as armas, sabia do assalto e não comunicou a policia. O envolvimento desse segundo conhecido como Gessé nós ainda estamos investigando, até o momento ele participou indiretamente, mas há possibilidade que ele seria o responsável por facilitar a fuga da quadrilha”, afirmou Menandro Pedro.
De acordo com o delegado Carlos César a quadrilha é do Maranhão.
“A quadrilha estava sediada em Teresina. O acusado Maylon Sousa executou um policial durante um assalto a um ônibus em Peritoró [MA], logo após o assalto a idéia era queimar o carro, tanto que encontramos a gasolina que seria usada”, comenta Carlos César.
O coronel José Fernandes Albuquerque, Gerente de Operações da Polícia Militar, respondeu às críticas de que a barreira feita pela polícia pode ter levado a morte do refém. “As informações que temos é que o carro dos criminosos cruzou com o carro da polícia, precisamos lembrar que os policiais também são homens e pais de família, nenhuma informação aponta para uma atuação irregular por parte da PM, tanto que o carro dos bandidos tem marcas de tiro principalmente na região do motor, indicado que a intenção era parar o carro”, afirma.
Testemunha
Já está em Teresina, uma testemunha que pode esclarecer detalhes da morte do gerente. Ele seria um servidor de uma empresa que presta serviços ao Banco do Brasil. Ele afirmou ter sido colocado no porta-malas do carro, modelo Siena de onde acompanhou os disparos. Após ouvir os tiros, ele acionou o sistema de pânico do bagageiro do carro. Após sair, ele chamou o gerente e quando o Ademyston abriu a porta do carro levou um tiro. A testemunha afirmou não ter nenhuma dúvida de que o gerente foi morto pelos bandidos.
O depoimento será tomado hoje a tarde. O delegado Carlos Cesar afirmou não ter duvida que a PM teve uma conduta correta, além da testemunha todos os PMs envolvidos serão ouvidos. Durante a coletiva também foi apresentado R$ 430 mil recuperados do assalto, além de quatro armas de grosso calibre, e revolveres e pistolas.
Banco do Brasil
O Banco do Brasil manifestou-se através de nota de esclarecimento, onde afirma que toda a segurança da agência está de acordo com a legislação em vigor, sendo ela realizada por uma empresa privada submetida a fiscalizações da Polícia Federal
Nota de Esclarecimento
A Superintendência do Banco do Brasil no Piauí lamenta, com pesar, a investida criminosa contra a agência Miguel Alves (PI), ocorrida na última terça-feira (30), que levou a óbito o gerente geral, Ademyston Alves, provocando desconforto na sociedade.
Sobre o fato, o BB esclarece alguns pontos especulados através de alguns veículos da imprensa, com finalidade de evitar posicionamentos e interpretações equivocadas:
1- São fundamentais a clara percepção e o conhecimento da legislação sobre os conceitos, direitos, deveres e limitações referentes a Segurança Pública e Segurança Privada;
2- O Banco do Brasil cumpre, fielmente, a legislação que regula as obrigações de instituições financeiras quanto à Segurança Privada, sendo, inclusive, submetido às fiscalizações da Polícia Federal, que autoriza o funcionamento das agências (Lei 7.102/83, Portarias 3233/12 e 3258/13);
3- Todas as agências do BB na jurisdição Piauí possuem, em atividade, os itens obrigatórios por Lei, que são: Alarme e Vigilância Armada. Além dos itens obrigatórios, as agências possuem Porta Giratória com Detector de Metais, Circuito Fechado de TV (CFTV) e Cofres com Fechaduras de Retardo;
4- A agência de Miguel Alves, a exemplo das demais, também tem Plano de Segurança Privada aprovado pela Polícia Federal, sendo resguardada pelos dispositivos exigidos por Lei.
O Banco do Brasil também assiste seus funcionários com o Programa de Apoio a Vítimas de Assaltos e Sequestros (Pavas), bem como dá assessoria através da sua Gerência Regional de Segurança, da Gerência de Pessoas, da Gerência Jurídica e do seu plano de saúde (Cassi).
Além disso, o BB tem estreita parceria com os Órgãos de Segurança Pública (Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar), com finalidade de facilitar a consecução das atividades sob a responsabilidade de cada um.
Fonte: Portal Az
