GeralPolícia

PROMOTORA pedirá abertura de inquérito contra ‘Telexfree’

promotoratelexfree-300x250eA promotora Clotilde Carvalho confirmou em entrevista ao programa Agora que nos primeiros dias de agosto estará encaminhando para a polícia o pedido de abertura de um inquérito no Piauí contra a Ympactus Comercial Ltda, operadora da Telexfree. O material já juntado pela promotora será repassado para o delegado Roberto Carlos, da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Relações de Consumo (DECCOTERC).

“Ainda não tenho indícios suficientes para efetuar uma denúncia, mas é o bastante para pedir a instauração de um inquérito policial. No máximo até o dia 3 de agosto eu devo mandar todo material que já recebi para o delegado responsável”, disse a promotora.

Clotilde Carvalho lembra que um dos procedimentos que com certeza será feito pelo delegado será ouvir as vítimas que se apresentarem ao Piauí. “Quem já quiser se prontificar a falar pode procurar a delegacia da DECCOTERC, que o delegado vai relacionar estas pessoas para habilitá-las em futuros depoimentos”, disse a promotora.

Ela explica que no caso do esquema da pirâmide financeira, inicialmente é avaliado o crime de estelionato, mas poderá desencadear outros.

ENTENDA MAIS SOBRE O CASO

Ainda na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou uma nova ação que pedia a retomada das atividades da Ympactus Comercial Ltda, operadora da Telexfree, que teve a atuação suspensa em junho por conta de suspeitas da prática de pirâmide financeira. Um advogado entrou com reclamação contra a decisão da Justiça do Acre de suspender as atividades, mas o vice-presidente do STJ, Gilson Dipp, entendeu que somente a própria empresa poderia ter protocolado o processo.

A decisão foi tomada na quarta (17) e divulgada nesta sexta-feira (19). A atuação da Telexfree está suspensa desde 18 de junho, o que provocou protestos por parte de divulgadores que investiram dinheiro no negócio. A Justiça impediu novas adesões e pagamentos aos divulgadores. A estimativa é de que cerca de 1 milhão de pessoas em todo o país tenham se associado à Telexfree.

Na semana passada, a PF decidiu investigar se a empresa atua com pirâmide financeira, prática considerada crime contra a economia popular. Esse tipo de negócio pode prejudicar os últimos investidores a aderirem.

A empresa nega irregularidades e diz que atua em marketing multinível ou marketing de rede e que, diferentemente da pirâmide financeira, há comercialização de um produto.

No começo deste mês, outra decisão individual de ministro do STJ já havia mantido suspensas as atividades da Telexfree. Isso porque ainda haviam recursos pendentes de julgamento no TJ do Acre. O Supremo Tribunal Federal (STF) também recebeu pedido de operadores da Telexfree do Paraná, mas rejeitou por entender que o próprio TJ do Acre deveria analisar o caso.

Com informações do G1

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo