A entrevista concedida, por telefone, pelo médico piauiense Leandro Ponce Leal tem repercutido no Piauí. Ele, que participa de maratonas pelo mundo, conversou com a jornalista Maia Veloso, durante o programa 70 minutos e comentou os momentos difíceis que a família e ele passaram.
Perguntado se continuaria a participar de torneios e a frequentar lugares como os Estados Unidos, Leandro comentou o que disse ao pai dele sobre isso.
“O mesmo risco que eu corri em ser acertado por essa explosão aqui em Boston, eu corro em Teresina, sendo atropelado, ou sendo assaltado, por isso não vou deixar de participar de eventos como esse”, respondeu o piauiense.
O médico contou que escapou por pouco de ser atingido pela explosão que matou, até o fim da noite desta segunda (15/04) 3 pessoas em Boston, nos Estados Unidos.
“Por dois minutos eu não fui atingido porque eu já havia chegado e estava recebendo a medalha no momento que a explosão que ocorreu”.
FAMÍLIA
Sobre a reação da família, Leandro relembrou que foram momentos de angústia.
“Minha mulher viu, meu pai viu, minha mãe viu, foi horrível porque explodiu, depois houve outra explosão, aí ninguém sabia se haveria outra explosão, então ninguém sabia para onde ir, acabei demorando para encontrar minha família na confusão. Minha mãe até agora está assustada. Agora é esperar a viagem de volta, marcada para quarta-feira, de retorno a Teresina”, comenta o médico.
O momento de angústia que a família passou também ficou demonstrado nas palavras de Chiara Scaramucci Leal, esposa do piauiense, que escreveu no Facebook sobre o que aconteceu.
A MARATONA
De acordo com o piauiense, a maratona de Boston é segunda mais antiga do mundo (117 anos), perdendo apenas para a maratona olímpica.
Duas fortes explosões deixaram mortos e feridos na chegada da Maratona de Boston, nos EUA, nesta segunda-feira (15/04). Segundo a polícia, as explosões foram causadas por duas bombas “poderosas”.A polícia de Boston confirmou dois mortos e 138 feridos, mas disse que esse número pode aumentar.
O Hospital Geral de Massachusetts estava tratando 19 pessoas, seis delas em estado grave.
O FBI (polícia federal dos EUA) e outras autoridades estão tratando o caso como um “ato de terrorismo”, segundo fontes citadas pela CNN e pela Reuters.
As explosões geraram uma cena de caos na cidade, com feridos e escombros pela rua e movimento de paramédicos.
Fonte: 180 Graus
