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O Brasil que temos é o Brasil que deixamos ter

Como já dizia a letra da música do poeta, cantor e compositor Cazuza. “Brasil, mostra tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim (…)” A resposta é: Somos nós brasileiros que pagamos por esse Brasil que temos. “O jeitinho brasileiro” que já virou um clichê tornou-se motivo de chacota pelo mundo a fora.

Um Brasil em que se investe mais em Copa, Carnaval e Futebol e deixa a educação de lado, a saúde e a pobreza, é um país que envergonha os próprios brasileiros.

É chegada a hora da população passar a gostar de política e sobre tudo, se envolver nela, independente de classe A, B ou C. Se bem que, é a classe C que paga as contas do Brasil pois ela é também a maioria. Porém, tem gente que ainda não se deu conta disso, inclusive a própria classe C que só sabe reclamar, mas não tem a coragem de buscar seus direitos. Enquanto isso a Classe A e B que chega ao poder, não está totalmente a par dos sofrimentos do brasileiro. Não há filhos de deputados, e mesmo de prefeitos sendo consultados pelo SUS, muito menos frequentando uma escola pública. Não vemos autoridades em festinhas de rua, no meio do povo e se divertindo com ele. Não, eles estão em seus camarotes Vips, observando o povo dançar enquanto eles…

O Brasil que temos é o Brasil que merecemos enquanto não tivermos atitude de mudá-lo. Enquanto houver gente se voluntariando pra trabalhar em um evento absurdo como a Copa do Mundo, enquanto milhares de brasileiros nem vão ter com o que se cobrir nesta noite de hoje, enquanto muitos brasileiros estão morrendo pelo crack, enquanto crianças se prostituem pra sair da miséria extrema e entrar em outra. Enquanto coisas absurdas como estas acontecem e o povo simplesmente dançam na rua, ou torcem nos estádios, enquanto isso não mudar meus caros leitores, nosso Brasil não mudará e enquanto nos calarmos diante de tudo isso, somos nós também contribuintes desta nação imoral em que reina a corrupção, drogas, carnaval, futebol e miséria.

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.

Martin Luther King.

 

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