Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas na manhã desta terça-feira (07/04) ao edifício Opala na Avenida Dom Severino, zona Leste de Teresina com a informação de que um jovem teria caído do 14º andar do prédio, por volta de 11h.
Ainda não há informações sobre as reais circunstâncias da morte do rapaz identificado como Edvaldo José Silva Fontenele, de 19 anos.
A Polícia Militar também esteve no local e isolou a área.
O corpo caiu bem em frente à garagem do prédio. Um veículo foi colocado no local para evitar a exposição do corpo até a chegada da perícia. Muitas pessoas se aglomeraram em frente ao prédio, o que causou grande congestionamento na via, que é uma das mais movimentadas avenidas da região.
DELEGACIA DE HOMICÍDIO FEZ PROCEDIMENTOS
Agentes da Delegacia de Homicídios estiveram no local realizando as averiguações. Peritos também realizaram os procedimentos necessários, que vão ajudar na investigação. O carro do Instituto de Medicina Legal fez a remoção do corpo para o prédio do órgão.
Agentes da Polícia Civil interrogaram familiares do rapaz, que estavam transtornados com a sua morte. Segundo informações, ele estava com o pai e a empregada doméstica no apartamento na hora do ocorrido.
POLÍCIA VAI FAZER INVESTIGAÇÃO
Segundo o delegado Robert Lavor, da Homicídios exames periciais serão realizados mas não podem afirmar o que de fato aconteceu e que só os exames irão responder aos questionamentos.
Perguntado se houve discussão, o delegado não quis dar detalhes. Vários materiais foram recolhidos no local, além de objetos pessoas do rapaz.
FAMÍLIA EM ESTADO DE CHOQUE
O pai de Edvaldo acompanhou todo procedimento policial e deu informações à polícia. O jovem morava apenas com o pai no apartamento situado no 14º andar. Ele era separado na mãe do rapaz, que seria estudante de Arquitetura e Urbanismo na Faculdade Camillo Filho.
AMIGOS LAMENTAM
Muito amigos de Edvaldo foram ao condomínio saber informações e prestar solidariedade à família. Consternados com o caso, eles não souberam dizer o que teria causado a tragédia. Segundo amigos do jovem, ele era uma pessoa que se dava bem com todo mundo, alegre e tinha muitos amigos.
ATENÇÃO REDOBRADA
Apesar de ainda não ser confirmado um suicídio, fato este que só a polícia pode concluir após encerramento das averiguações, esse é um problema que a polícia piauiense lida diariamente.
Em uma aula sobre ‘Segurança e Gerenciamento de Crise’, no Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), a Coronel Júlia Beatriz, da Polícia Militar, comentou sobre os vários tipos de crises que a Polícia Militar enfrenta todos os dias. Teresina é a terceira capital do país onde mais se comete suicídio. Ao contrário do que muitos falam, ela defende a divulgação com um objetivo educativo.
“A crise suicídio é muito comum e que a Polícia tem que lidar corriqueiramente. Muitos falam que não se pode divulgar o assunto porque fomenta. Mas entendo que é possível divulgar, desde que seja feita de forma educativa, explicativa, com o intuito de diminuir estes casos. Se a pessoa tem mais informação pode usar também para sair de uma situação complicada que possa lhe levar a cometer suicídio”, comentou a Coronel Júlia Beatriz. LEIA MAIS