O promotor de justiça Eliardo Cabral desconsiderou, durante entrevista a uma emissora de TV local, o relatório das investigações da Polícia Federal sobre a morte da estudante Fernanda Lages. Defensor da tese de homicídio, Eliardo afirmou que “estão querendo empurrar” a hipótese de acidente. Nesta quinta (20), às 10 horas, os delegados federais divulgarão os resultados de dez meses de investigações. Segundo apurou a reportagem de O DIA, a hipótese do assassinato da estudante foi descartada pela PF.
Autor de declarações polêmicas, Eliardo Cabral ponderou “que nunca blefou no caso”. O promotor se diz mais convicto, além de ter detalhes que confirmem a tese de homicídio. “É uma questão de momento. São pessoas testemunhais que ainda estão muito apavoradas, assustadas e com receio da situação. Lamentavelmente, o poder do dinheiro e a interferência política podem muito no nosso país. Mas o dinheiro não me compra”, disse o promotor na tarde desta quarta.
Apesar de não apresentar os nomes dos supostos envolvidos no crime, o promotor afirmou que os suspeitos serão revelados em um momento oportuno. “São pessoas aparentemente de origem ilustres, mas que vivem no submundo da ilegalidade”, define Eliardo Cabral os suspeitos. O promotor ainda completa: “Estou empenhado no trabalho. Sinto as dores da saudade e me coloco na pele de Paulo Lages [pai da estudante]. Tenho a plena convicção que a morte de Fernanda não vai terminar em pizza”, acredita.
O juiz Antônio Noleto, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina, já conhece o teor do relatório produzido pela Polícia Federal. Segundo o magistrado, o material é extenso e possui embasamento científico. “Possui muitos laudos e imagens do corpo da estudante. O relatório expressa o trabalho feito a partir de um momento que talvez não tenha sido o mais oportuno para se chegar a uma conclusão”, ponderou Noleto.
Fonte:Folha de batalha
]]>
