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Caso Fernanda: Promotores denunciam intimidações da polícia a vigilante

retorna_imagem_destaque.phpOs promotores de justiça, Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha tomaram depoimento do vigilante Jeyson Ângelo de Oliveira no qual afirma estar sofrendo intimidações e ameaças, inclusive da parte de Policias Civis, dos quais ele cita as delegadas Daniela Barros, Cristiane Vasconcelos e o delegado Glaydson da Rocha Silva.

Segundo o depoimento, carros com vidro fumê ficam estacionados na porta da casa do vigilante como forma de aviso, nos dias que antecedem seu depoimento.

De acordo com o promotor Ubiraci Rocha, esse fato vem acontecendo durante muito tempo, e acontece sempre quando o vigilante esta próximo a fazer algum depoimento à polícia.

“Isso tem ocorrido com ele repedidas vezes, então procurou o MP para relatar isso. Temos que cuidar da segurança desse rapaz”, alertou o promotor.

O vigilante Jeyson de Oliveira procurou o Ministério Público na última quinta-feira (13) e relatou a ocorrência do fato. Hoje pela manhã procurou novamente os promotores e fez um depoimento complementar.

“Eles nos procurou novamente porque está se sentindo ameaçado. Apesar disso, ele vem se mostrando firme, e desde o primeiro momento mantêm a mesma versão do depoimento”, disse Ubiraci Rocha.

Jeyson é a testemunha chave para o MP. O promotor conta que ele foi a pessoa que viu a Fernanda, a Nayra e um terceiro homem em frente ao prédio do MP uma hora antes da morte da Estudante.

“O testemunho dele é a chave da investigação. Não há nada, pelo menos para o Ministério Público, que decline as declarações do vigilante. Se houver um fato novo que prove que, o que ele está falando não é verdade, poderemos esquecer esse processo”, finalizou.

Segundo os representantes do Ministério Público, o inquérito só será encerrado quando a polícia identificar o homem que estava junto com Fernanda e Nayra no dia do crime.

“Enquanto esse homem não for descoberto não será concluído o inquérito. O Jeyson afirma em todos os depoimentos que viu esse homem, não entendemos porque a polícia nunca o identificou”.

O vigilante também afirmou aos promotores que, quando foi ser ouvido pelos delegados Glaydson da Rocha Silva, Daniela Barros e Cristiane Vasconcelos, foi coagido a mudar seu depoimento.

“Eles chegaram para o Jeyson com a autópsia realizada pela Polícia Federal e disseram que ele tinha ainda a chance de mudar seu depoimento, pois ele não poderia ir contra as afirmações da polícia”, afirmou Eliardo Cabral.

Jeyson de Oliveira afirmou ainda ter sofrido ameaças da Nayra, no dia em que houve uma acareação entre eles.

“Três dias após a morte da Fernanda ele foi chamado para depor e afirmou que viu Nayra, Fernanda e um homem, sentados próximo ao MPF e que lembrava muito bem, pois tem uma boa memória fotográfica. Nesse momento Nayra o ameaçou dizendo que ele ia lhe pagar por estar dando esta declaração. Essa declaração que a polícia quis desqualificar, não entendemos o porquê.”, relatou Ubiraci Rocha.

Sobre o perfil psicológico de Fernanda Lages divulgado na manhã da última segunda-feira (17/02) pelos peritos da Polícia Civil do Distrito Federal, os promotores disseram que não podem afirmar nada, pois ainda não chegou a suas mãos. Mas, que se toda pessoa que tiver um perfil igual à dela for suicida, muitos estariam mortos há muito tempo.

“Se fumar, fazer sexo sem preservativos e com gente estranha, e beber levasse alguém à morte eu estaria morto a muito tempo”, disse Eliardo Cabral.

Por Dulce Furtado

 

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