Caso Fernanda Lages: PF produziu, do portão do MPF para dentro, apenas meras suposições, ilações ilustradas. Um desenho animado

A conclusão das investigações, pela Policia Federal, não deu fim às dúvidas de toda a população do Piauí sobre a morte da estudante Fernanda Lages, ocorrida há mais de um ano. Se, antes, quase ninguém acreditava na tese do suicídio, pairam ainda mais restrições quando a PF apresenta o resultado de seu trabalho e admite que até mesmo um ‘simples’ acidente teria ceifado a vida de Fernanda.Suicídio e acidente são teses jurídicas inconciliáveis, díspares. Quem vai se suicidar busca fazê-lo com menor esforço. A policial usada pela Cico na simulação, que não estava bêbada e nem drogada, não conseguiu subir a mureta, mesmo escalando o tijolo. Cair, acidentalmente, é descuido, desleixo. O que de fato ficou provado na sessão de ontem da PF, é que os investigadores federais só conhecem a dinâmica da morte da estudante até o portão de entrada da obra. Do portão para dentro são meras suposições, ilações ilustradas. Um desenho animado. A investigação federal não se aprofundou no que efetivamente ocorreu no canteiro da obra. O delegado fala, por exemplo, que o fatiamento (milimétrico) na lateral do corpo de Fernanda teria sido causado pelo braço no impacto com o chão. As marcas apresentadas no laudo do perito Antônio Nunes, do IML do Piauí, são provas do arrastamento do corpo de Fernanda escada acima. Logo, induz que alguém a arrastou. Fica, pois, para os promotores de Justiça, a difícil missão de encontrar quem possa dirimir essas gritantes divergências entre os laudos das duas políciais.

Delegado Edilson Freitas, da PF: relatório do caso Fernanda tem pontos divergentes, que não convencem.

 Contradições

O delegado Edilson Freitas, da Polícia Federal, mostrou a foto do vigia Domingos com o dedo indicador para cima em confronto com o coronel Almeida induzindo que Domingos estaria dizendo ao militar que somente uma pessoa havia entrado na obra do MPF. O delegado fala até da leitura labial feita na foto, mas omite o que o coronel (de costas) teria perguntado ao vigia naquele momento.

 Cena

O delegado James Guerra disse à TV Cidade Verde que logo no quinto dia da morte de Fernanda Lages a polícia civil já trabalhava com a tese do suicídio. Impressionante!

E por que (e para que) a Polícia Civil, 30 dias depois, prendeu os vigias do prédio do MPF?

 Cena 2

O delegado geral de Polícia Civil James Guerra também afirmou ontem, que a Polícia Civil não prendia ninguém sem provas.

Deixou no ar que os promotores chegaram a sugerir prisões e não explicou porque não as pediu, mesmo tendo mandado os vigias para o xadrez.

 Cena 3

A Polícia Federal, durante as investigações do suícidio de Fernanda Lages, também efetuou prisão.

Por que Nairinha sofreu essa agressão?

 Culpados

Certa vez, o pai de Fernanda, Paulo Lages disse que a tese de suicídio, ou a de homícidio sem autores, não isenta de eventual culpa nenhum dos supostos suspeitos.

A impressão que se teve no tempo da Cico como agora na investigação federal é de que a preocupação maior era elininar suspeitos.

 Bin Laden

Será mesmo que é verdade? Alguém avisou para a coluna e jura ter visto o famoso terrorista vivo, circulando em Teresina!

 Mamede

Até hoje, o delegado Mamede, do 5º. DP nunca foi chamado para confirmar a história que contou para Cassandra, tia de Fernanda Lages, de que ouvira do vigia Domingos que na obra do MPF ele tinha visto uma pessoa entrando com a estudante.

Qualquer investigação rigorosa teria procedido no mínimo uma acareação.

Falas

Quando resolver falar, Cassandra Lages certamente revelará muitos diálogos que teve nos bastidores também com os investigadores federais.

Coisa que, além de contraditar o que foi exposto ontem, vai exigir explicações de muita gente.

O coronel

Vem cá, e agora o culpado de tudo no caso Fernanda Lages é coronel Almeida? Só porque ele revelou o que o vigia nega hoje?

Acaba não, mundão!

Por Arimatéia Azevedo

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