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Caso Fernanda: investigado apagou página em site de coisas sobrenaturais

Algumas pessoas surpreenderam-se com as revelações feitas na coluna (do Portal AZ e Jornal O Dia) de que Fernanda Lages poderia ter sido sacrificada num ritual de magia. O que, ainda que tendo de fato acontecido, não joga por terra a tese de assassinato. Ela foi assassinada, tendo sido levada para o prédio-sede do MPF por algum motivo que tenha provocado.

Para os incrédulos –  por exemplo – o inquérito produzido pelos organismos policiais sobre a morte de Fernanda sugere uma investigação sobre esse campo metafísico, esotérico, espiritual.

Pior é que se descobre que Fernanda Lages andava na companhia de pessoas que demonstram ter ligação direta com o esoterismo. A coluna pesquisou e descobriu muitas garotas nas redes sociais com símbolos esotéricos, alguns deles presentes nas tatuagens de Fernanda, além de outros símbolos cujas imagens Fernanda pretendia tatuar em seu corpo.

Investigado apagou página em site sobrenatural

Descobriu também que dois dos investigados podem ter relação direta com os fatos. Um, segundo a própria investigação, tem afinidade com o nazismo, tanto que chegou a externar desejo de tatuar no corpo uma cruz gamada, ou seja, o símbolo de Hitler, que estava manuscrito no quinto andar do prédio do Ministério Público Federal, onde Fernanda Lages foi encontrada morta em 25 de agosto de 2011.

O segundo personagem faz parte de um site esotérico, relacionado com publicação de revistas e vendas de material diretamente ligado ao mundo sobrenatural, cujos membros tem alta sensitividade.

Ele próprio, em sua página no site de coisas sobrenaturais, se apresenta como ‘detentor de alta sensitividade’. Mas apagou tudo que estava escrito, causando grande estranheza pelo fato de seu perfil ter sumido exatamente após o assassinato de Fernanda Lages. A página, entretanto, com tudo que foi escrito, encontra-se preservada.

Muitas das amigas de Fernanda Lages ouvidas nos inquéritos da Cico e da Polícia Federal, embora algumas tidas acima de qualquer suspeita, aparecem, coincidentemente, com o símbolo da lua minguante, que representa os rituais de morte; e, também com símbolos que Fernanda Lages possuía tatuados no corpo ou que ainda iria tatuar.

Na investigação, se descobriu que Fernanda, além de usar o brinco do “Filtro dos Sonhos”, havia pedido dinheiro a um dos investigados, conhecido por ‘Sem Fronteira’, para tatuar no corpo dela o símbolo em questão.

Algumas das amigas ou pessoas do grupo de convivência com Fernanda Lages, chegaram a apagar seus perfis, relacionados à questão esotérica, mas eles foram copiados e estão devidamente preservados à disposição dos promotores de Justiça que seguem no caso.

Amiga faz ameaça à outra

Chama a atenção, por exemplo, uma mensagem ameaçadora de uma das colegas de Fernanda para outra colega, onde ela diz, textutalmente, na página da rede social:

“Pois num é, remédio pra doido sou eu mesma (capeta), que não tenho medo de ameaças e muito menos de pena, quem não deve não teme (…) “Faço coisa que até Deus duvida…Que só o Lúcifer entende!!!”.

Dá para perceber facilmente, e a Polícia não fez qualquer menção a isso, que as jovens do círculo de relação de Fernanda Lages – ou pelo menos as que sempre aparecem em fotografias – se mostram taduadas com os símbolos esotéricos ou com o interesse de fazê-los.

Em um dos stúdios de um tatuador predileto das moças, está manuscrito na parede o mesmo símbolo da paz (pagã) que aparece no ventre direito de Fernanda e na parede do prédio do MPF. É um círculo com o pé de galinha de cabeça para baixo, considerado pelos místicos o símbolo do inferno.

Em fotos de Fernanda Lages, ela aparece ao lado de Nayrinha, em que ambas dividem duas grandes argolas nas orelhas, cujo símbolo demonstra laço de união. Fernanda usa uma argola na orelha direita e Nayrinha na orelha esquerda.

No endereço eletrônico de uma das amigas de Fernanda – cujo nome está no inquérito da polícia – aparece o signo do hexagrama representado pelo entrelaçamento sensual de um casal, e ainda com a referência da figura da mulher sacerdotisa, que, segundo os esotéricos, comanda o ‘Arcano da Magia Sexual’, como um dos vetores para se alcançar a liberação de poderes místicos, por meio da ativação do centro de força conhecido por chakras.

Assim, Fernanda Lages poderia ter se envolvido com um grupo formado por homens e mulheres em que sua inocência e pureza poderiam ter sucumbido aos propósitos místicos e até escusos, fazendo comque muitos queiram externar sua morte como tendo sido suicidio ou acidente.

No inquérito percebe-se facilmente que a jovem estudante estava convivendo, possivelmente sem perceber, com: prostituta, clonadores de cartões, estelionatários, usuários de drogas, traficantes, homicida, pessoas com moral deturpada, agenciadores, adúltoros e místicos supostamente mal intencionados.

Causa estranheza o fato de a Polícia Federal ter guiado boa parte do relatório de um inquérito de mais de cinco mil páginas, baseada nos depoimentos dessas pessoas, pois, não está descartada, a possibilidade de todos terem feito um pacto de mentira para a proteção do grupo. Afinal, como dizem os estudiosos, os laços de um grupo de esotéricos são mais fortes que os laços de sangue.

Já que a Polícia não informou no inquérito, os promotores de Justiça Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha devem investigar se todas as pessoas da relação de Fernanda Lages possuem tatuagens parecidas com os símbolos encontrados no corpo dela ou relacionados aos que são encontrados nos adeptos do Movimento Nova Era, ou seja, os wiccas, bruxos, entre outros.

Por Arimateia Azevedo

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