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Alfinetadas: os inocentes jovens motoqueiros

Pais, porque não presentear seu filho menor de idade com uma motocicleta? Como não, afinal o pobrezinho mora longe, e precisa ir para a escola, e  transporte escolar é ruim. Porque não dar uma moto para o seu filho menor de idade, afinal o “bichinho” tem vontade de sair e fica com inveja quando ver seus amiguinhos motorizados, afinal, você pode pagar uma moto para ele ou para ela, afinal ele/ela merece uma moto.

Por que você comerciante, dono de loja não dá uma moto para o seu funcionário mais novinho ir até o Banco pagar as contas de sua empresa, afinal, o quê que custa? Ele/ ela sabe andar de moto apesar da pouca idade… O quê que custa?

É com pensamentos desse tipo que muitos pais pagam por homicídios dolosos (com intenção de matar) o filho menor de idade é protegido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, e é por conta inclusive dessa proteção que muitos adultos utilizam jovens menores de idade e até crianças para roubar, matar, traficar… Afinal, as “crianças” não tem juízo, não sabem o que estão fazendo não é mesmo? Não é mesmo! Pensamentos desse tipo acabam por tirar vida de pessoas inocentes, se as crianças de 14, 15, 16 anos, não são capazes de distinguir totalmente o certo do errado e  estão formando seu caráter e por tanto estão vulneráveis a várias situações problemas, esses mesmos jovens são aptos a pilotarem uma moto? São aptos a votar, a decidir o futuro do País, do Estado e de sua cidade, mas pagar pelos crimes que cometem não, não é mesmo? Será que não devemos rever nossos conceitos, do que pode, do que não pode, e de quem é realmente inocente em toda esta história?

Esperantina não diferente de outras cidades em todo o Brasil, é muito fácil de encontrar crianças, em cima de uma moto, pilotando em alta velocidade e mais, com acompanhante na garupa. A criança que não pode ser responsabilizada pelos seus atos, tem livre poder de colocar duas vidas em perigo: a sua própria vida, e a do coleguinha que os pais também permitem que ele se divirta com sua motocicletinha, ou motocicletinha do seu coleguinha…

E enquanto isso… acidentes, mortes, fraturas expostas, deficiências físicas provocadas por batidas e atropelamentos vão acontecendo… É isso mesmo que os pais querem pra os seus filhos? Nunca se pensa que vai acontecer com seu filho menor de idade, acontece com um desconhecido, vizinho, mas com seu filho não! Não é mesmo? Não é mesmo! Abram os olhos pais esperantinenses.

Por Laís Mendes

4 Comentários

  1. todo e qualquer conduto de veiculo tem de ter a carteira de habilitação,
    Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:Penas – detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
    Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança: Penas – detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

  2. Brasília – Levantamentos feitos pelo Ministério da Saúde sobre internações hospitalares e gastos com tratamento mostram que o Brasil enfrenta “uma epidemia” de acidentes de trânsito, segundo a coordenadora da Área Técnica de Vigilâncias e Acidentes da pasta, Marta Maria Alves da Silva. Em 2011, foram internadas em hospitais da rede pública 153.565 vítimas de acidentes de trânsito, o que gerou um gasto de R$ 200 milhões aos cofres públicos.

    A agravante é que, do total das internações, praticamente a metade – 48% – envolveu motociclistas. “Isso caracteriza uma situação epidêmica, e as causas mais comuns são: direção perigosa e condução das motos por pessoas alcoolizadas”, destacou Marta Alves, ao participar hoje (13) do seminário Políticas para o Trânsito Seguro de Motos, promovido pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
    FONTE:http://www.ebc.com.br/2012/09/brasil-enfrenta-epidemia-de-acidentes-de-transito-diz-representante-do-ministerio-da-saude

  3. O INTERESSANTE DESSA REAL HISTÓRIA, É QUE QUANDO HÁ FISCALIZAÇÃO PARA TENTAR DIMINUIR OS ACIDENTES, MUITOS DIZEM QUE É PERSEGUIÇÃO. AGORA IMAGINE SE NÃO EXISTISSE ESSA ”PERSEGUIÇÃO” COMO SERIA O NOSSO TRÂNSITO /??????????

  4. Parabéns Laís Mendes,pela instrutiva reportagem, grande senso de responsabilidade. Espero que os pais leiam e reflitam, mais um ano escolar se inicia e criticas como esta afloram os nossos instintos de proteção e responsabilidade.
    Continue assim.

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