O clima na Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (28/05), era de tensão depois que os deputados receberam a notícia da decisão do TSE- Tribunal Superior Eleitoral, que reduziu o número de vagas do estado na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.
Além das perdas, os deputados temem as mudanças que essa decisão irá provocar nas coligações.
Os partidos deverão mudar as estratégias eleitorais para não saírem prejudicados na disputa de outubro. Os pequenos se dizem injustiçados e os grandes temem os custos financeiros que a decisão do TSE irá provocar para as legendas. Com a redução no número da bancada, muda o número de candidatos em cada coligação e o recurso que serão gasto para que cada partido consiga eleger seus candidatos.
De acordo com o advogado eleitoralista Valdílio Falcão ‘tudo mudará’ já que o cálculo financeiro do valor gasto em cada coligação, depende do número de candidato.
“Agora o problema é que ninguém sabe se esse cálculo será feito com 10 ou 8 candidatos. Acredito que tanto os partidos pequenos quanto os grandes serão prejudicados. Tanto as coligações para deputado estadual como para federal também, porque o coeficiente eleitoral aumenta para os dois”, disse.
O deputado Mauro Tapety (PMDB) afirma que com essa decisão a eleição no Piauí se tornará mais ‘complicada’ para partidos e candidatos.
“Nós fizemos um cálculo rápido e acreditamos que terá um aumento de 20 mil votos no coeficiente eleitoral. Se antes um candidato necessitava de 55 mil votos para se eleger, agora ele irá necessitar de 75 mil votos”, disse.
O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Themístocles Filho (PMDB), afirmou que a Alepi recorreu ao STF- Supremo Tribunal Federal contra a decisão do TSE.
“Não foi uma surpresa porque nós já esperávamos por isso nosso advogados já tinham entrado com uma ADIN no Supremo. Agora é aguardar”, comentou.
Publicado Por: Lídia Brito
