Exclusivo Resposta dura! Gracinha Mão Santa quebra o silêncio após exoneraço de Francisco Emanuel

Em uma longa resposta, a deputada acusou Francisco Emanuel de se afastar de seus aliados históricos para atender a interesses externos e oportunistas

Jose Luiz Rodrigues6 de abril de 2025Última Atualização 6 de abril de 2025

A deputada estadual Gracinha Mão Santa (Progressistas) se manifestou no último sábado (5) sobre a crise política instalada em Parnaíba; a declaração foi dada após o prefeito Francisco Emanuel promover um “exoneraço” que retirou do governo municipal figuras centrais de seu grupo político, incluindo o ex-prefeito Mão Santa e a ex-secretária Adalgisa Moraes Souza, pais da parlamentar.

A reação de Gracinha ocorreu no grupo de WhatsApp “Jogo do Poder”, em resposta ao ex-vereador Ricardo Veras, que havia celebrado a decisão do prefeito.

“A maioria da população parnaibana concorda com o posicionamento do prefeito. Por onde ando, nos mercados, postos de combustível, centro da cidade. A conversa é uma só: Emanuel é quem deve comandar de fato os destinos da cidade, afinal foi eleito para isso”, disse Ricardo.

“INGRATIDÃO, TRAIÇÃO, LAMBANÇA”

Em uma longa resposta pública, a deputada acusou Francisco Emanuel de se afastar de seus aliados históricos para atender a interesses externos e oportunistas:

“A maioria da população de Parnaíba sabe exatamente o que é ingratidão, lambança, traição, acordos escusos, ganância, o fato de que o prefeito não aguentou a tentação das altas ofertas de muita gente grande. E sempre aparecem políticos oportunistas ofertando muita coisa errada e optou pela porta larga, achando que o imediatismo, a TRAIÇÃO E INGRATIDÃO chegam rápido a um objetivo. Não prospera, o tempo é o senhor da razão”.

Ela ainda afirmou que grupos políticos derrotados nas urnas estariam se aproveitando da “vulnerabilidade” do prefeito:

“Agora aparecem muitos oportunistas e propostas indecentes de quem não votou em Emanuel como você e não perdoam terem perdido pra um grupo decente e guardam ódio (…). Mas na verdade querem e vão usá-los e descartá-los e, pior de tudo, não lutam pela cidade e nem amam a cidade. Querem o poder pelo poder!”

“oportunismo”

A deputada lamentou a forma como as exonerações ocorreram, sem diálogo com os aliados que, segundo ela, foram decisivos na eleição do atual gestor:

“Emanuel não age corretamente com a cidade, massacra os pais de famílias trabalhadores, que levaram ele nas costas, de sol a sol, e estiveram com ele nos momentos difíceis (…). Aí nesta hora aparecem oportunistas derrotados como você, cheio de ódio e más intenções, aplaudindo”.

Ela concluiu a mensagem com um tom conciliador, mas crítico:

“É bom Emanuel acordar e começar a parar de mimimi e trabalhar, pois maldade, mídia e oportunistas não constroem, mas empurram ladeira abaixo! (…) Quem vai julgar é a população e DEUS! Seja coerente e trabalhe sempre mais e quanto a nós? Acreditando que é bom ser bom!”

RUPTURA OFICIAL

A crise política teve um marco oficial com a publicação, na sexta-feira (4), de uma edição extra do Diário Oficial do Município (DOM), trazendo uma série de exonerações e nomeações. O decreto exonerou todos os ocupantes de cargos comissionados, incluindo secretários, diretores e superintendentes.

Entre os exonerados estão o ex-prefeito Mão Santa, que ocupava o cargo de secretário imediato da prefeitura, e Adalgisa Moraes Souza, que era titular da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania.

Para os cargos deixados pelos antigos aliados, Francisco Emanuel nomeou figuras próximas de sua família. A primeira-dama Analia Priscilla Lima da Silva assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Social. A mãe do prefeito, Jeanne Pereira Cunha, foi nomeada presidente do Instituto de Previdência de Parnaíba (IPMP). Já o tio, Oscar Machado da Cunha Filho, será o novo secretário de Fazenda.

ACUSAÇÕES E CONTRAPONTOS

Francisco Emanuel, que foi eleito em 2024 com apoio direto de Mão Santa e Gracinha, alegou ter descoberto contratos irregulares na administração. A denúncia foi feita por meio de uma rede social:

“Várias coisas estavam acontecendo sem o meu consentimento. Por exemplo, contratos que ano passado custavam X esse ano passaram a custar dois, três X. Eu não posso ser irresponsável nem com o dinheiro público e nem com o meu CPF. Assim que tomei conhecimento, informei ao meu setor jurídico, que já tomou as providências”.

Na ocasião, Gracinha rebateu afirmando que a gestão do pai entregou ao sucessor uma administração com “estrutura e transparência”, e rejeitou qualquer insinuação de falta de clareza na transição de governo.