Os índices de dengue vêm oscilando nos últimos anos. Embora tenha tido alguns picos de incidência, demonstra números equilibrados nos dois últimos anos, 2008 e 2009, comparado a 2007, o ano mais problemático da dengue desde 2003, com incidência de 441,01 casos para cada 100 mil habitantes. Esses e outros dados sobre o Estado podem ser encontrados na publicação Indicadores de Saúde do Piauí 2002-2009, lançada pela Secretaria da Saúde.
Em 2002, a taxa de incidência foi de 396,97 contra 185,81 por 100 mil habitantes em 2009. É importante destacar que nesse período, o ano de 2007 apresentou a maior taxa de incidência (441,01), registrando um decréscimo significativo no ano seguinte, para 166,39. Para alcançar esse resultado positivo, o Estado do Piauí realizou a Brigada Mata Mosquito em 68 cidades do Piauí. A ação trabalhou em três frentes: educação em saúde, remoção de criadouros do mosquito da dengue e mobilização social.
Esta ação significou a diminuição de mais de 60% dos casos de dengue em 2008. Em 2009, a Brigada entrou em ação novamente nos municípios de Cocal, São Raimundo Nonato, Campo Grande do Piauí e Alagoinha do Piauí, para evitar novos surtos.
“Embora o Piauí tenha condições climáticas muito favoráveis ao desenvolvimento do mosquito, as ações e o controle que realizamos, sem descanso, têm sido eficientes para reduzir os índices da doença”, disse Ocimar Alencar, supervisor estadual de entomologia.
Uma das grandes ferramentas de planejamento para o combate à dengue é o Levantamento de Índice Rápido por Infestação por Aedes Aegypti (Liraa), que possibilita identificar onde estão os principais focos do mosquito transmissor nas cidades e assim planejar com agilidade as ações de combate. “O levantamento indica a concentração de larvas do mosquito. Mesmo com índices satisfatórios, não podemos deixar de estar vigilantes de forma alguma”, finaliza o supervisor.
Por Samira Ramalho/Sesapi
