O juiz Antônio Lopes, da 2ª Vara da Infância e da Juventude, sentenciou os três adolescentes que confessaram o assassinato de Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, à pena máxima de 3 anos de cumprimento de medidas socioeducativas. O julgamento que começou na última sexta-feira foi finalizado nesta segunda (21/09). A defensoria pública já adiantou, em entrevista à TV Cidade Verde, que não deve recorrer desta sentença.
Provisoriamente, os adolescentes devem seguir internos no CEIP.
Após o julgamento, o juiz Antônio Lopes reforçou que os três adolescentes “se uniram para matar a vítima a pontapés”. Para ele, a sentença é “tão justa” que a defensoria nem mesmo manifestou intenção de recorrer.
A defensora pública Aline Patrício lembra que no Estatuto da Criança e do Adolescente o texto não permite claramente a redução de pena, já que para a defensora, trata-se de um caso de homicídio privilegiado, quando as circunstâncias acabam levando ao crime. “São acusados confessos, já falamos com as famílias destes jovens e não vamos recorrer”, disse à TV Cidade Verde.
Ela frizou, porém, que a defensoria segue acompanhando o caso relativo ao estupro coletivo ocorrido em Castelo do Piauí, reforçando a inocência dos jovens. “Vamos buscar provas de que eles eram inocentes no caso de Castelo”.
Jovens sentenciados por crime em Castelo do Piauí ficaram juntos em um único alojamento, onde Gleison (à esquerda) acabou sendo morto.
Gleison foi morto em um dos alojamentos do CEM na noite do dia 16 de julho. Ele estava interno com os outros três adolescentes que foram sentenciados pelo estupro coletivo em Castelo do Piauí, ocorrido em maio deste ano.
O envolvimento dos três adolescentes foi denunciado por Gleison em um vídeo gravado no local do crime contra quatro garotas [uma delas acabou morrendo]. Alegando inocência, os adolescentes revoltaram-se contra o menor de 17 anos e acabaram por matá-lo dentro do alojamento.
Por: Apoliana Oliveira
