Com a aprovação do projeto “ficha limpa” pelo Senado, vários políticos piauienses podem enfrentar problemas com suas candidaturas caso a medida entre em vigor para as eleições deste ano. Segundo o projeto Transparência Brasil, que acompanha atividades de políticos em todo o país, existem no Piauí 10 deles com implicações judiciais que podem resultar em impedimento de suas respectivas candidaturas.
O deputado estadual Edson Ferreira, do DEM, responde a inquérito federal no Tribunal da 1ª Região por peculato, que significa crime contra a administração pública.
Pretenso candidato a vice na chapa do governador Wilson Martins, do PSB, o deputado estadual Antonio José Moraes Souza Filho, do PMDB, foi condenado a ressarcir R$ 62,7 mil aos cofres do SENAI (Serviço Nacional da Indústria) em recebimento indevido por acúmulo de cargos.
O deputado Roncalli Paulo, do PSDB, responde ação penal no Tribunal Regional Federal da 1ª Região por peculato, que representa a utilização de cargo público para obter vantagens, em ação movida pelo Ministério Público.
Roncalli também responde ação penal por crimes contra a Lei das Licitações e Contratos na Justiça Federal do Piauí, sendo réu também em ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público.
Junto ao TCU – Tribunal de Contas da União, Roncalli Paulo foi condenado a ressarcir aos cofres públicos a quantia de R$ 60 mil, além de pagar multa de R$ 9 mil e não poder exercer cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da administração pública federal por cinco anos. Foram constatadas irregularidades na obra da Barragem de Castelo quando o deputado tucano era secretário estadual de Obras e Serviços Públicos.
Ex-secretário de Estado da Educação no governo Mão Santa, o deputado estadual Ubiraci Carvalho, do PDT, responde a processo por improbidade administrativa, ainda em primeira instância, na Justiça Federal do Piauí.
No TCU, ele sofreu multa de R$ 5 mil por superfaturamento em compras com recursos de convênio celebrado com o FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, quando secretário estadual da Educação.
O vereador José Ferreira de Sousa, do PSDB, teve cassado mandato parlamentar relativo ao período de 2005-2008 por abuso de poder econômico e compra de votos. Ele apresentou recurso ao TSE – Tribunal Superior Eleitoral pedindo a reformulação da sentença.
O presidente da Câmara Municipal de Teresina, Renato Pires Berger, do PSDB, responde ação na Justiça Federal do Piauí referente a execução fiscal, ainda em nível de primeira instância, por dívida de imposto de renda.
Governador do Piauí entre os anos de 1995 e 2001, o hoje senador Francisco Moraes Souza, o Mão Santa, do PSC, responde a duas ações junto ao STF – Supremo Tribunal Federal por peculato.
No TSE, o senador João Vicente Claudino, do PTB, responde a representação por compra de votos que tramitou inicialmente junto ao TRE/PI – Tribunal Regional Eleitoral. Ele apresentou recurso ao Tribunal Superior Eleitoral.
Deputado federal desde 1991, Ciro Nogueira Filho responde ação por crime contra a ordem tributária e prevaricação. O também deputado federal Júlio César Lima é processado por peculato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Fonte:Portal 180°