Um dos delegados envolvidos no inquérito que apura a morte da estudante Fernanda Lages Veras, Armandino Pinto, da Comissão Investigadora do Crime Organizado (CICO), afirmou durante entrevista que segue colhendo depoimentos e que espera o resultado dos laudos das perícias que foram realizadas no local e no corpo da estudante.
Neste sábado (03/09) já se completa nove dias do crime e nada de caso ser solucionado. A Polícia não confirma, mas já teria pistas suficientes para chegar ao suspeito. Vale ressaltar que guns veículos de comunicação divulgaram nomes como se fossem suspeitos, como Jivago Castro e José de Sales.
Entretanto essas duas pessoas esclareceram todos os boatos, mostrando que não têm nada a ver com o caso. O delegado continua afirmando que a CICO ainda não descartou nenhuma das linhas de investigação. A investigação começou no 5º DP onde o presidente do inquérito era o delegado Mamede Rodrigues, mas, alegando falta de estrutura para continuar no caso enviou ofício à Secretaria de Segurança, solicitando que a CICO assumisse.
E JÁ TEM SUSPEITOS?
O delegado Armandino disse que ainda não se pode afirmar nenhum suspeito, pois todos os nomes que saíram na imprensa até o momento não passam de pura especulação. “Vamos aguardar os laudos e aí nós vamos nos aprofundar na investigação. Decidimos a partir de agora não falar mais nada sobre o caso, pois já tem vários nomes sendo colocado na mídia e isso atrapalha muito nas investigações, além de machucar mais ainda a família da vítima”, disse o delegado Armandino. Ou seja: a partir de agora a CICO adota a Lei do Silêncio.
ÚLTIMA PESSOA A VER FERNANDA FALA
Apesar da ‘Lei do Silêncio’ imposta pela CICO, para acabar com especulações, a reportagem descobriu um nome de uma pessoa que é considerado ‘peça chave’ no Caso Fernanda Lages. Seu nome é João Paulo, também estudante universitário. Apelidado por amigos de Jereba, ele foi a última pessoa a ter contato com Fernanda Lages. No entanto, já prestou depoimento na CICO e se colocou a disposição da Polícia para mostrar que não tem nada a ver com o crime. Assim como fez Jivago e Sales, que foram apontados de forma irresponsável por outros veículos de comunicação como ‘suspeitos’, quando na verdade não são, segundo a própria Polícia, João Paulo revelou ao 180graus que nada tem a ver: “É verdade que eu ‘fiquei’ com Fernanda momentos antes de ela ser encontrada morta. Nós estávamos no restaurante Chão Nativo, depois fomos para o Cenário Club e por fim ao Bar do Pernambuco. Aí, por volta das 5h, quando estávamos, eu, alguns amigos e amigas dela, numa mesa, eu fui deixar ela no carro dela. Foi embora sozinha. Voltei para a mesa e fui para casa. Acordei no outro dia, umas 9h30, assustado, com um amigo avisado o que tinha acontecido. Eu nem acreditei tamanho foi o susto. Fiquei sabendo que publicaram meu nome na imprensa, mas a própria Polícia sabe que estou a disposição para ajudar nas investigações. Acredito no trabalho dos policiais”.
Fonte: 180 Graus]]>