O promotor Ubiraci Rocha criticou a Polícia Civil do Piauí e afirmou que a instituição precisa se desvincular de práticas “políticas e eleitoreiras”. A declaração foi dada após reunião com procuradores sobre a entrada da Polícia Federal no caso Fernanda Lages.
“Precisamos desmontar a máquina política e eleitoreira que comanda a Polícia Civil do Piauí. Enquanto isso continuar acontecendo, a polícia não terá credibilidade perante a sociedade”, criticou o promotor do Ministério Público Estadual, Ubiraci Rocha.
No final da tarde da última quarta-feira (09), o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo deus despacho favorável a entrada da Polícia Federal nas investigações da morte de Fernanda Lages, no dia 25 de agosto. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (10).
“As forças ocultas ainda estão ocultas, mas sabemos que elas estão tentando macular o trabalho do Ministério Público. A autorização do Ministro da Justiça prova que elas não vão conseguir nos atrapalhar”, explica Ubiraci Rocha.
Situação do inquérito
O promotor Ubiraci Rocha informou que para a Polícia Federal entrar efetivamente no inquérito existem pendências burocráticas que serão resolvidos até o prazo máximo da próxima segunda-feira (14).
“Ainda não foi designado delegado para comandar as investigações. A autorização do ministro será encaminhada ao juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antônio Nolêto, que vai avaliar o caso e tomar decisão”, explicou Ubiraci Rocha.
Postura dos Promotores
Segundo o promotor Eliardo Cabral, a nova postura do Ministério Público Estadual será mais discreta. “Iremos falar menos e trabalhar mais. Entretanto, não descartamos adotar um porta voz para manter a sociedade e a imprensa informados. Mas nossa postura será mais discreta”, disse.
Fonte: Cidade Verde]]>