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Casal Styllos é condenado a 12 anos e 8 meses de reclusão por golpes em formandos

Na última terça-feira (10), o magistrado Fabrício Paulo Cysne de Novaes, juiz auxiliar da 4ª Vara de Picos proferiu, sentença condenatória contra Fabiano Silva Neves e Keila Regina Moreno de Sousa, mais conhecidos como “casal Styllos”.

Os dois são acusados de oferecer serviços de realização de festas de formatura, receber o pagamento e fugir o Estado no ano de 2011, dando golpes em vários formandos.
O ano de 2011 foi de frustração para dezenas de universitários piauienses que sonhavam fazer solenidades de formaturas. Na época, os estudantes relataram foram vítimas de estelionato por parte de Keila e Fabiano. O casal Styllos foi condenado a 12 anos e 8 meses de reclusão, além de 120 dias-multa, considerado o dia-multa em um trigésimo do valor do salário-mínimo vigente à época dos fatos.
Keila Moreno e Fabiano são acusados pela prática de nove crimes de estelionato em concurso material, um em cada turma de formandos que mantinham contrato.
De acordo com a acusação, os autuados “recebiam valores mensais dos contratantes e, no dia 17 de setembro de 2011, os acusados, repentinamente, subtraíram todos os objetos da empresa, sediada em Teresina (PI), indo embora sem prestar os serviços acordados, ou prestar qualquer satisfação aos contratantes”.
Para o juiz, nos autos, ficou comprovada a materialidade dos crimes, em virtude dos diversos boletins de ocorrência registrados pelas vítimas e por suas declarações perante a Autoridade Policial; pelas provas documentais consistentes em contratos de prestação de serviços e também pelos comprovantes de pagamento relativos às diversas turmas de alunos contratantes.
Uma das vítimas, formanda do curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí, disse em depoimento que o casal fez pressão para que a turma quitasse o pacote de formatura dias antes deles efetuarem fuga.
“Em decorrência das pressões muitos alunos pagaram logo. Que os contratos foram assinados individualmente. Que pouco tempo depois, recebeu a notícia de que os acusados haviam fugido, sendo que os alunos haviam pagado todo o débito há menos de oito dias. Que os acusados já pressionaram com a intenção de pegar todo o dinheiro e fugir. Que Fabiano era quem mais fazia pressão. Que soube da fuga deles através da imprensa, num site e começou a tentar contato com os acusados, via e-mail e telefone. Que quando ligava só dava desligado. Que nenhum dos e-mails e telefonemas foram respondidos”, disse a jovem. Só desta turma o prejuízo foi de mais de R$27 mil.
Após a fuga, o casal de empresários Keila Moreno e Fabiano Neves foi preso 11 meses depois na cidade de Goiânia (Goiás). Keila trabalhava na cidade vendendo planos funerários e Fabiano cursava aviação.
Quando foram presos, os empresários afirmaram que não havia como evitar o golpe aplicado nos formandos piauienses, pois a empresa possuía débitos. “Não teve como evitar dar esse prejuízo aos estudantes. A empresa já tinha 10 anos de existência e as dívidas se transformaram em uma bola de neve, não teve como”, disse Fabiano, na época.

Por Izabella Pimentel

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