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TJ manda soltar delegado acusado de receber propina em DP de Piripiri

cleytondoce piripiriA Justiça determinou, na manhã desta quarta-feira (21), a liberdade do delegado Clayton Doce Alves Filho, preso em 19 de março deste ano, acusado de peculato, falsificação de documentos públicos e particulares e corrupção ativa.

Os crimes teriam acontecido enquanto ele era delegado regional da cidade de Piripiri.

De acordo com o advogado Hilton Júnior, que participou da defesa de Clayton Doce no início do processo, o pedido de Habeas Corpus impetrado pelo advogado Ademar Canabrava Júnior foi considerado procedente por votação unânime na 2ª Câmara Especializada Criminal, do Tribunal de Justiça do Piauí.Ademar_canabrava_jr

No pedido de liberdade, Ademar Canabrava Júnior argumentou ausência de provas fundamentadas e o fato do acusado ser primário, ter bons antecedentes, residência fixa e trabalho definido. A ação pediu também a substituição da prisão preventiva pela domiciliar, mas os desembargadores não consideraram necessário.

 “A decisão considerou que houve falha na fundamentação do decreto prisional. Foi expedido o alvará e ele vai ser solto ainda hoje, sem nenhuma medida cautelar, para aguardar o julgamento em liberdade”, explicou o advogado Hilton Júnior. A data do julgamento ainda não está definida no processo.

Polícia discorda

O delegado que preside o inquérito, Adolfo Henrique, declarou que discorda das alegações da defesa e que possui provas concretas das acusações feitas sobre Clayton Doce.

“Temos provas técnicas concretas, investigadas pelo Instituto de Criminalística, que comprovam fraude e notas fiscais frias expedidas na delegacia de Piripiri, enquanto ele era titular”, enfatizou Adolfo Henrique, que atualmente está lotado na Corregedoria de Polícia Civil.

A decisão

Antes da decisão dos desembargadores, o procurador de Justiça Luís Francisco Ribeiro deu parecer favorável ao pedido da defesa, deixando a cargo do relator decidir sobre a possibilidade de medidas cautelares.

O relator do processo é o desembargador Joaquim Dias de Santana Filho, que atualmente está presidindo a 2ª Câmara Especializada Criminal. Os desembargadores Sebastião Ribeiro Martins e José James Gomes também participaram da votação que decidiu pela liberdade de Clayton Doce.

Hilton acrescentou ao Cidadeverde.com que o acusado está afastado do serviço público por licença médica, que se encerra em junho.

“Depois disso, se ele não conseguir renovar a licença, ele deverá voltar ao trabalho”, completou.

Ademar Canabrava Júnior acrescentou que a decisão restringe os direitos do delegado, que não poderá se ausentar de Teresina até o julgamento.

Por Jordana Cury

 

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