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Tenente vendia por R$ 10 mil gabarito das provas do Concurso da Polícia Militar

0b5a86a0ecc029ba6f3db3a2c7d76eb7Policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil do Piauí deflagraram a Operação Certame, com o objetivo de desarticular organização criminosa acusada de prática de fraudes em concurso, com atuação em Teresina prendendo o tenente Elivaldo, da Polícia Militar (PM).Elivaldo além de policial militar, é também treinador do time feminino de futebol do Tiradentes e mais 16 pessoas, entre eles seis pernambucanos, todos acusados de venda de gabaritos do concurso para soldados e oficiais da Polícia Militar, realizado no domingo.dsc_0002

19f0cdea2f512f847ecf9033bfedf496As prisões foram feitas em Teresina e Picos.

O coronel Alberto Menezes, comandante de Policiamento da Capital, disse que o tenente Elivaldo foi preso durante a operação.

Segundo ele, o concurso estava sendo acompanhado pelo Serviço de Inteligência da Polícia Militar e a Polícia Civil acompanhou através do Greco.

O coronel Alberto Menezes afirmou que a Polícia Militar encaminhou seis  envolvidos na fraude para a na Central de Flagrantes, além do tenente Elivaldo, que foi prestar depoimento no Greco para o coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado, delegado Menandro Pedro.

O coronel Alberto Menezes disse que a fraude consistia na venda dos gabaritos do concurso com pessoas fazendo as provas e passando o resultado por mensagens de telefones celulares.

Ele disse que tenente Elivaldo está sendo acusado de passar gabaritos para outras pessoas.

Em seu depoimento para a Greco, segundo o coronel Alberto Menezes, tenente Elivaldo vendia o gabarito por R$ 10 mil, sendo R$ 1 mil na apresentação do gabarito e os R$ 9 mil restantes quando o candidato fosse aprovado e efetivado na Polícia Militar.

“Poderia chegar a até R$ 10 mil”, declarou o coronel Alberto Menezes, que deu a ordem de prisão após a simulação de uma ocorrência.

Na Unidade Escolar Marves Jones, no bairro São João, na zona Sudeste de Teresina, foram presos seis pernambucanos acusados de envolvimento nas fraude contra o concurso da Polícia Militar.

Os policiais militares encontraram os pernambucanos um telefone celular protegido com um preservativo.

O concurso da Polícia Militar poderá ser anulado por causa da dimensão das fraudes, que ocorreram em Teresina e Picos.

O delegado Menandro Pedro afirmou que a Operação Certame começou por volta das 8h de domingo.

Greco registrou momento em que o tenente Elivado se encontrou com candidata para receber gabarito.

Segundo Menandro Pedro, várias tentativas de fraudes ao concurso público da Polícia Militar do Piauí, cuja provas acontecem no domingo, foram flagradas em diversas escolas da rede municipal de ensino em Teresina e no interior do estado. O policial militar foi flagrado recebendo o gabarito de uma candidata já contratada por ele para tal serviço, fazia transmissão das respostas através de aparelho celular para candidatos que já haviam pago pelo mesmo.

Os candidatos fraudadores foram descobertos e conduzidos à sede do Greco, bem como o policial militar e a candidata responsável por fornecer o gabarito.

Ainda foram apreendidos celulares contendo o gabarito enviado por mensagem para os candidatos conduzidos.

Todos os ouvidos confessaram a fraude, informando inclusive o valores que teriam pago ao policial militar pela facilitação no certame.

A operação comandada pelo delegado Menandro Pedro contou com a participação de cerca de 40 policiais civis do Grupo de Repressão e do Núcleo de Inteligência, além do Comando de Policiamento da Capital e da Corregedoria da Polícia Militar.

O Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe), organizadora do concurso da Polícia Militar do Piauí, alertou aos 30.506 candidatos sobre a entrada de aparelhos eletrônicos, durante aplicação da prova neste domingo.

O subitem 5.2.8 do certame proíbe portar e usar celular e demais aparelhos de comunicação nas dependências dos locais de prova.

A organizadora chegou a informar que além dos detectores de metais, haveria coleta de impressões digitais dos candidatos e aparato que detecta qualquer tipo de aparelho eletrônico, mesmo que desligado.

Os agentes da Greco seguiram direto para as escolas onde estavam sendo realizadas as provas para prender os candidatos acusados de facilitar a entrega de gabaritos e fraudar o certame. Na região de Picos o esquema funcionava da mesma maneira.

A mulher, uma loura, que foi presa no Colégio Premen Norte, da rede pública de ensino, onde fazia a prova, foi a responsável pelo depoimento dizendo que tinha comprado o gabarito do tenente Elivaldo.

A mulher foi presa após escutas telefônicas feitas pelo serviço de inteligência da Polícia Militar do Piauí.

Um dos delegados do Greco apreendeu a câmera fotográfica do repórter Efrém Ribeiro, do Jornal e Portal Meio Norte, e apagou alguns registros fotográficos feitos na hora da chegada dos presos até a sede do Grupo de Repressão ao Crime Organizado, que fica na av. Gil Martins, , no bairro Três Andares, na zona Sul de Teresina.

Fonte: Efrém Ribeiro

 

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