Investigadores do quinto distrito detiveram às 14 horas de hoje o estudante universitário conhecido como Pablo (matrícula trancada no curso de computação da Universitário Federal do Piauí), de 19 anos, como suspeito na morte da estudante de Direito Fernanda Lages Veras, também de 19 anos de idade.
O corpo da universitaria foi encontrado às 5h30min da manhã, no prédio em acabamento do Ministério Público Federal, na avenida João XXIII, ao lado do DNIT.
O rapaz apresentou um álibi muito forte: na hora do crime ele se encontrava dormindo em casa, como confirmaram seus pais e uma irmã. Esta garantiu que Pablo chegou por volta das 22 horas de ontem, quarta-feira e não mais saiu. Os legistas constataram que houve tentativa mas não consumação de estupro.
Mesmo assim o rapaz, que hoje trabalha numa indústria de Teresina e frequenta academia, está sob investigação principalmente porque os investigadores Valdir, Pimentel, Paulinho e Charles, encontraram várias mensagens suas no celular de Fernanda, de quem estava separado há dois meses.
Pedido para reatar
Uma dessas mensagens Pablo mandou na noite de ontem (24) em que dizia que faria qualquer coisa para voltar com Fernanda, inclusive frequentar festas, “até forró se você quiser eu aprendo”. Pablo, segundo amigas de Fernanda, detestava festas, ao contrário da ex-namorada, que dificilmente recusava um convite das amigas para sair.
Amparado pela mãe e por uma irmã, Pablo chegou chorando à delegacia, localizada no Bairro dos Noivos. Muito abalado ele também tinha a companhia de um amigo e a princípio os investigadores acreditaram na sua versão, principalmente porque não tinha qualquer arranhão ou marca de quem tivesse esforço.
“Quem matou Fernanda era muito forte e teve trabalho porque a reação da moça foi desesperada”, comentou o promotor João Benígno Filho, do núcleo dos promotores do Tribunal do Júri, designado para acompanhar o caso pela procuradora Zélia Saraiva Lima.
“Corpo quebrado”
Ex-delegado de polícia e acostumado a investigações, o promotor João Benígno acompanhou a autópsia no corpo de Fernanda, realizada no IML , e comentou que “o corpo estava todo quebrado. A moça foi muito maltratada. Além da pancada muito forte na nuca ela teve um braço quebrado”.
O investigador Charles acha que Fernanda foi arrastada porque suas pernas estavam cheias de raladuras.”Com certeza ela sofreu muito, apanhou muito do criminoso, só pode ser uma coisa de ódio”, comentou o policial.
Outro detalhe que chamou a atenção foi a grande quantidade de tatuagens existentes na região do quadril de Fernanda. Ela também tinha um piercing na barriga.
Objetos
Além de dois celulares – um deles completamente danificado – a polícia recolheu entre os pertences de Fernanda que estavam dentro do Fiat 2011 de sua propriedade, uma bolsa com roupas para trocar e soube mais tarde, através de Melina e Tâmara, amigas que estiveram com ela pouco antes do crime, que Fernanda sempre andava com roupas sobrando “para trocar porque a gente saia de um fuá para outro”.
Foi nos celulares que os investigadores encontraram as primeiras pistas. Fernanda não recebeu nenhuma ligação entre o bar do “Pernambuco”, na avenida Miguel Rosa, zona norte, o último local em que foi vista, bairro Mafuá, e o prédio do Ministério Público Federal, mas lá estavam algumas mensagens.
A que chama mais atenção é uma com palavras debochativas, passada às 7 horas e 03 minutos de hoje, quando a moça já estava morta. O texto, considerado debochativo, dava a entender que o autor insinuava que fora bem feito o que acontecera.
Últimos passos
Fernanda Lages deixou o bar do Pernambuco, tradicional ponto da zona norte que funciona na madrugada servindo caldos e cachorro quente, pouco depois das 4 horas da manhã, sozinha, segundo depoimento das amigas com quem saira da boate Cenário, Melina e Tâmara.
Melina e Tâmara disseram que Fernanda começara a noite bebendo wisque, muito, e depois passou para cerveja. Nessa noite, segundo as amigas, “ela tinha ficado com dois rapazes que não sabemos o nome”. Uma delas disse que “lembro bem de um loirinho”.
“A Fernanda era assim, se ela entendesse de ficar com um cara bem aqui, ela ficava”, disseram Tâmara e Melina, amigas próximas que sempre estavam nas baladas com a garota morta.
As duas garotas, que aparentam 20 anos, garantiram que a amiga morta nunca se envolvera com drogas.”Do Cenário nós fomos para o Pernambuco. Ela não quis comer e disse que ia para casa”.
Por Feitosa Costa]]>
Esse rapaz não matou essa menina!
Não há provas nenhuma que apontam
nem de longe sua participação, mais
não existe crime perfeito
O pior é a pessoa não ter nada a ver com o assassinato e sair no jornal SUSPEITO DE MATAR ESTUDANTE , isso é um absurdo: