Professora esperantinense que morreu após carro ser arrastado pelas chuvas é sepultada e recebe homenagens
Comoção, tristeza e revolta marcaram o sepultamento da professora esperantinense, Wana Sara Cavalcante Henrique, 39 anos, na manhã desta segunda-feira (07), no cemitério São José, Centro da capital.
No local, amigos e familiares, bastante emocionados, não quiseram falar com a imprensa.
Wana Sara teve seu carro arrastado pela correnteza durante uma forte chuva na noite da última sexta-feira. O veículo acabou sendo levado pela água até uma cratera no trecho das obras da galeria da zona Leste, nas proximidades da Avenida Homero Castelo Branco.
O corpo da professora foi encontrado na manhã deste domingo (06), nas proximidades do rio Poti, na região do Parque Floresta Fóssil, cerca de dois quilômetros distante do local do desaparecimento.
O caso gerou bastante comoção nas redes sociais durante o final de semana. Amigos e colegas de trabalho prestaram homenagens e lamentaram a morte precoce da professora, que era lotada na Secretaria Municipal de Educação de Teresina.
Também através das redes sociais, a prefeitura de Teresina emitiu nota de pesar em que afirma que Wana Sara era uma profissional dedicada e que contribuiu durante muitos anos com a educação do município.
Homenagem de colegas
Wana Sara também foi homenageada na manhã desta segunda-feira (07) durante uma assembleia do Sindicato dos Servidores Municipais, realizada no Teatro de Arena, na praça da Bandeira. Os profissionais fizeram um minuto de silêncio e orações.
Os servidores da rede municipal de Educação também soltaram balões brancos, como forma de homenagear a professora.
Wana Sara era pedagoga e trabalhava há cinco anos como superintendente escolar da Secretaria Municipal de Educação. Nas escolas onde ela trabalhava, os colegas de trabalho ressaltava a simpatia e amizade da professora com todos os alunos e funcionários.
A coordenadora pedagógica Maria Helena contou que ainda havia esperança de encontrar Wana Sara viva e desabafou sobre o problema da galeria de água no local, onde o carro da professora caiu.
“Quando a gente soube da descoberta do carro dela bem maltratado, a gente ainda alimentava a esperança que ela pudesse está inconsciente e infelizmente a gente soube da morte. Segundo algumas falas, ela estava em um momento de vida muito alegre e subitamente foi levada em uma situação que não é a primeira vez e a prefeitura nada fez. Será que em toda chuva vai precisar que em determinado ponto de alagamento morra alguém, para que seja feito alguma coisa?” questionou a coordenadora.
<iframe width=”790″ height=”437″ src=”https://www.youtube.com/embed/zOv3xnWm9YI” title=”YouTube video player” frameborder=”0″ allow=”accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture” allowfullscreen></iframe>
Investigação
A Polícia Civil do Piauí deu início à investigação que apura a morte da professora. O delegado Paulo Gregório, titular do 5º Distrito Policial, adiantou ao que foi solicitado exame necroscópico no cadáver.
Policiais civis e peritos acompanharam o resgate e, entre os questionamentos a serem apurados, está a responsabilidade pela possível omissão.
Por Rebeca Lima