Sete pessoas indiciadas por evento clandestino de boxe; namorada do lutador morto é ouvida
As investigações sobre a morte de Jonas de Andrade Carvalho Filho, 34 anos, o Guerreiro da Luz, que não resistiu após passar mal durante uma das lutas de um evento clandestino de boxe continuam.
Mais de 30 pessoas já foram ouvidas pelo delegado Menandro Pedro, titular do 7º Distrito Policial (Parque Alvorada) e sete delas indiciadas por crimes de saúde pública.
Para concluir o inquérito e saber quais outros crimes ainda podem ser configurados, o delegado afirma que aguarda os laudos periciais e cadavéricos que ainda estão em elaboração pelo Instituto Médico Legal (IML).
“Indiciamos sete pessoas por crime de Saúde Pública porque era um evento clandestino, com cobrança de ingresso e uso de bebida alcóolica, como os depoimentos de pessoas que estavam no local relataram. Dependo do laudo cadavérico para analisar outras circunstâncias. Mas, já indiciei sete, sendo quatro da área de saúde e o organizador, o árbitro e o lutador que lutou contra o Jonas”, explicou o delegado Menandro.
Ele disse que ainda faltam ouvir três pessoas: a companheira do organizador, identificado como José Claudio Lima Sales, uma das pessoas que socorreu Jonas até o hospital e a enfermeira que o atendeu. Menandro já ouviu a namorada da vítima.
“Nós ouvimos a namorada de Jonas que foi para esta briga, porque ali não era uma luta de boxe, era uma briga e ela contou toda a verdade. Ela disse que quando estavam socorrendo ele, disseram para ela dizer que ele tinha caído de moto e batido a cabeça. Ela disse ainda que ele nunca usou medicamento irregular e confirmou que era cobrado ingresso e tinha muita bebida alcóolica no local”, afirmou o delegado que preside o inquérito.
O delegado destaca ainda que no evento tinham cerca de 300 pessoas. Em um áudio, o organizador ainda desafiou as autoridades para realizar o evento em meio a pandemia e com decretos de proibição de eventos públicos e privados.
Por Caroline Oliveira