Saúde

Família do paciente com varíola dos macacos é monitorada em Batalha

A Secretaria Municipal de Saúde de Batalha está monitorando a família do paciente de 46 anos diagnosticado com a varíola dos macacos na última quinta-feira (04). Mesmo sem sintomas, a pasta informou  que nenhuma das pessoas com quem ele teve contato manifestou sinais da doença.

 

“Toda a família está sendo monitorada. Essa doença é diferente da covid-19, porque ela precisa de um contato maior, mas o principal meio de transmissão é a relação sexual ou um contato mais direto. Monitoramos a família dele, mas ninguém manifestou nenhum sintoma”, afirmou Luana Machado, secretária de Saúde.

De acordo com informações repassadas pela gestora, o paciente não mora em Batalha e só foi ao município para visitar alguns familiares. Ao chegar na cidade, o homem já apresentou febre, dores musculares e cabeça e a presença das lesões corporais, uma das principais características da doença.

Apesar da suspeita ter sido notificada no último dia 03 de julho, quando o homem apresentou os primeiros indícios da doença e iniciou o tratamento e o isolamento domiciliar, o resultado do exame com diagnóstico positivo só foi divulgado um mês após a coleta de sangue do paciente.

 

“Estávamos tratando como se fosse um caso confirmado, porque não imaginávamos que o resultado viria com o paciente praticamente curado. Na verdade já tínhamos até esquecido esse caso, porque o paciente está há duas semanas bem e não apareceu mais ninguém com sintomas parecidos”, destacou a secretária.

Casos investigados

Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) investigava outros cinco casos suspeitos da varíola dos macacos no estado, nos municípios de Parnaíba, União, Esperantina, Curralinhos e Hugo Napoleão, que estão sendo acompanhados pelas autoridades de saúde.

Dos cinco casos que ainda estão em investigação, apenas um paciente encontra-se em estado grave. Trata-se de um idoso de 60 anos que vive em situação de rua na cidade de Parnaíba. Os demais pacientes com suspeita estão em isolamento e fora de risco.

Protocolo

Com a confirmação do primeiro caso positivo da varíola dos macacos, Luana Machado reforça a necessidade das autoridades em níveis estadual e federal de saúde e vigilância sanitária desenvolverem protocolos de como proceder em relação a doença, tanto acerca de prevenção como de tratamento.

 

“Não é passado, do governo para os municípios, uma forma de divulgar os sintomas e a prevenção. É passado, mas de uma forma enxuta. Não sei se pelo fato de que ainda não tínhamos casos confirmados. Acho que é o momento, porque começou e acredito que pode vir mais”, alertou a gestora municipal.

Sintomas

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos são principalmente dores no corpo, febre, mal-estar e cansaço. Então, a doença evolui para um quadro em que aparecem lesões no corpo em formato de bolhas.

A principal forma de transmissão do vírus é por meio do contato direto com essas feridas. Também é possível se infectar por gotículas respiratórias, mas, nestes casos, é preciso um contato longo e próximo com o doente.

Para aqueles que apresentarem os sintomas da doença, a Sesapi conta com núcleos de vigilância nos hospitais, que auxiliam no recolhimento de material para análise laboratorial e também nas informações sobre o isolamento dos pacientes infectados.

Por Breno Moreno

 

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