Geral

Salve Rainha: Moaci Moura é julgado no Tribunal Popular do Júri

Acontece nesta quarta-feira (04/03), na 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri em Teresina, o julgamento de Moaci Moura da Silva Júnior, acusado de causar um acidente de trânsito que matou os irmãos Júnior Araújo e Bruno Queiroz e deixou o jornalista Jader Damasceno gravemente ferido, ambos do coletivo Salve Rainha, em junho de 2016.

A juíza da 2ª Vara, Maria Zilnar Coutinho Leal, é responsável pela determinação do julgamento.
Jader, o jornalista que hoje sofre com paralisia facial, teve redução da perna direita e perda da visão de um olho. Ele contou, a pedido do júri, a história e contribuição do coletivo Salve Rainha para cidade e como funcionavam os eventos. Emocionado, detalhou os momentos antes e após o acontecimento que também deixou para Jader graves sequelas psicológicas. “Eu me tornei um potencial suicida. Quem me acompanha hoje sabe”, declarou.

O jornalista informou que até agora a família do acusado não prestou ao menos um pedido de desculpas e sequer apoio a ele e aos pais dos irmãos que foram mortos “É a segunda vez que estou de frente com ele (Moaci) e dentro desse tempo todo é o mesmo sentimento que senti desde a primeira vez, não sinto nada por ele, nada. Só quero justiça para Moaci e para família”.
“Espero que ele seja punido, não podemos deixar que esse crime seja uma estatística, fiz o que pude e não posso falar pelo júri. Quero que as pessoas entendam que crimes como esses não devem ser cometidos. Meus amigos estão pagando mortos e eu estou pagando. Que seja agora a hora do Moacir pagar”, requisita Jader.
Atualmente Moaci Moura aguarda o julgamento em liberdade. Ele é monitorado por tornozeleira eletrônica e cumpre medidas cautelares desde 2018, quando desembargador Sebastião Ribeiro Martins revogou a prisão preventiva do acusado.
A condenação do júri popular veio de grande pressão popular de familiares e amigos pela condenação. O caso tomou grande comoção pela cidade.

O acidente
O acidente que matou Júnior Araújo e Bruno Queiroz aconteceu no dia 26 de junho de 2016, quando os dois e Jader Damasceno deixavam o Parque da Cidadania. O Fusca em que os três estavam foi atingido violentamente pelo Corolla dirigido por Moaci da Silva na Avenida Miguel Rosa, na zona Norte.
Bruno Queiroz morreu no local do acidente e Júnior Araújo resistiu quatro dias no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A investigação apurou na época que o motorista do Corola invadiu o sinal vermelho a aproximadamente 100 quilômetros por hora.
O julgamento de Moaci Moura da Silva Júnior, segue ainda no período da tarde na 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri em Teresina. Foram ouvidos cinco testemunhas na sessão, sendo quatro de acusação e uma de defesa. A pena pode ser de 6 a 20 anos, para cada acusação.
Segundo o Promotor de Justiça Ubiraci Rocha, não trata-se de um crime de trânsito, e sim, de um crime de homicídio cometido no trânsito. “Os exames periciais mostram que o acusado estava sob o efeito de álcool. E isso, somado a velocidade do veículo dentro de uma via urbana com mais de 100 km, como a perícia informa, nos leva a acreditar que o Ministério Público possa acreditar de que não trata-se de um crime de trânsito, e sim, de um crime de homicídio cometido no trânsito. Isso nos dá a certeza de que se trata de um dolo eventual e não de culpa”, diz o promotor.

Meio Norte

Em reportagem para o programa Agora, da Tv Meio Norte, o jornalista Jader Dasmaceno, sobrevivente de acidente chora em julgamento e diz que não tem mais vontade de viver. Emocionado, detalhou os momentos antes e após o acontecimento que também deixou para Jader graves sequelas psicológicas. “Eu me tornei um potencial suicida. Quem me acompanha hoje sabe”, declarou.

Assista:

Meio Norte

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo