Saída de Jaylles da ALEPI é marcada por tumulto e agressão a jornalistas

A sabatina dos deputados estaduais ao estudante Jaylles Ribeiro Fenelon, de apenas 20 anos, durou mais de duas horas e meia. A saída do jovem da sala da Comissão de Constituição e Justiça da Alepi foi marcado por um grande tumulto. Os jornalistas que acompanharam toda a reunião queriam entrevistar o denunciante, que estava disposto a falar, mas era a todo o momento impedido por familiares e alguns deputados da oposição.

A correria e o empurra-empurra começou na CCJ e terminou no gabinete do deputado Roncalli Paulo (PSDB), com o parlamentar fechando a porta na mão da jornalista Cínthia Lages (TV Meio Norte) e ameaçando o fotógrafo Sebastião Bisneto de agressão.

O autor das denuncias contra a Emgerpi foi levado para o gabinete do deputado tucano como uma forma estratégica de fugir da imprensa. Ele deixou o prédio da Assembléia Legislativa do Estado pela porta dos fundos da sala.

Após sabatinarem o ex-servidor da Emgerpi, os deputados da oposição terão dois dias para preparar a artilharia contra Lucile Moura, gestora do órgão e principal alvo das denuncias. Ela será ouvida na próxima quarta-feira (08), durante reunião da Comissão de Finanças, Fiscalização e Tributação da Alepi.

Jaylles Ribeiro acusa Lucile e alguns servidores da Emgerpi de desvio de recursos, emissão de cheques sem fundo e falsificações de documentos. A denuncia foi protocolada no Ministério Público, que, por sua vez, acionou a Polícia Federal para auxiliar nas investigações do caso.

Ontem (06), ao se pronunciar sobre o assunto, o governador Wellington Dias afirmou que um grupo de trabalho do próprio Governo do Estado está debruçado desde maio maio sobre as denuncias. “Esse grupo está debruçado sobre isso e tem me relatado que cada centavo que teve foi aplicado. E os cheques que voltaram foi em razão decisões judiciais que bloquearam e retiraram recursos da conta. Mas todos foram quitados e TCE foi comunicado”, defendeu Dias.

Fonte: PortalAZ