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Saiba quem é a mulher que foi para ‘visita íntima’ de preso escoltado para Custódia

O 180 teve acesso à identidade da mulher que adentrou à Casa de Custódia de Teresina no dia 19 de março de 2018 para uma suposta visita íntima com o preso Rogério Mattos da Luz, conhecido como ‘Batman’.

A polêmica veio à tona após a denúncia de um agente penitenciário, pois o preso está detido no Centro de Detenção Provisória de Altos, sem direito a visitas íntimas, mas mesmo assim, os agentes tiveram que conduzi-lo sob escolta para Teresina, onde teve acesso ao ‘benefício’.
A mulher é Márcia Aparecida Martins, de 36 anos, natural do Paraná. Segundo o registro do plantão ao qual o 180 teve acesso, ela entrou com autorização do diretor da Casa de Custódia.

“Foi autorizada a entrada da Sra Márcia Aparecida Martins, diretamente pelo diretor desta unidade, para visitar o detento Rogério Matos da Luz, que estava no pavilhão B na cela 05, mesmo fora do dia de visita do pavilhão em que o interno estava. Informa-se que o interno estrou nesta unidade no dia 19/03/2019 e que a visita realizada foi íntima”.
Márcia, assim como o preso a quem foi visitar, tem diversas passagens pela polícia.
Uma matéria do site TribunaPR diz que ela foi presa em em agosto de 2012 em Colombo (PR) com um forte armamento usado em assaltos. Um mês depois, o TribunaPR noticiou que Márcia foi presa novamente, desta vez em Pinhais (PR) suspeita de integrar a quadrilha de Batman, responsável por uma série de roubos.
QUEM É O PRESO

Um agente penitenciário denunciou um esquema que consistia na transferência de presos para a Casa de Custódia, em Teresina, para que eles tivessem relações sexuais. O 180 teve acesso ao histórico de um desses presos, que é conhecido por ser um dos maiores assaltantes de caixas eletrônicos do país.

Rogério Mattos da Luz é um velho conhecido da polícia do país inteiro. Seu apelido é ‘Batman’ e ele está na lista dos principais assaltantes de bancos, carros-fortes e caixa-eletrônico do Brasil.

Segundo o agente penitenciário informou ao 180, ele é da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) e também coleciona várias fugas de presídios. Quando foi preso no Piauí, ele havia ganhado a liberdade há 15 dias.

Batman tem 42 anos e no Piauí foi preso em 2016, durante a operação Forasteiros, em Teresina. Ele perdeu uma das mãos ao manipular explosivos em 2016.

Rogério é bem relacionado em tem ‘amizades’ com várias pessoas de diversas esferas do poder. Ele é conhecido da polícia desde a década de 90 e é líder de várias quadrilhas, mesmo estando preso.

SOBRE O CASO
Um agente penitenciário denunciou um esquema que consiste na transferência de um preso para a Casa de Custódia em Teresina para que ele possa ter visita íntima.
Em áudio encaminhado ao 180, o agente denuncia que um verdadeiro aparato foi montado para o transporte do preso identificado como Rogério Matos da Luz, que está no Centro de Detenção provisória de Altos, como mostra o ofício.

R$15 MIL PARA ESQUEMA
“A gente está sendo taxado como batedor de preso que tem regalia… Aquele preso que nós levamos, era simplesmente um esquema, não sei quem está recebendo, só sei que falam em R$ 15 mil só pro cara dar uma foda lá na Casa de Custódia e voltar. Aquele aparato todo, nós metendo os peitos ai no meio de uma avenida daquela, com sirene ligada, com arma em punho, até mesmo se eles já tinham feito a trama lá de ir para visita íntima, podia ser que mudasse de ideia e botasse os comparsas para querer resgatar e nós servindo de chofer para vagabundo trepar na Casa de Custódia”, afirmou o agente.

ESQUEMA ESTRANHO
O agente disse ainda que no dia seguinte o mesmo esquema deveria retornar o preso para Altos, mas um chefe de plantão percebeu, pois inclusive queriam colocar a mulher dentro da Casa de Custódia sem vistoria e então o Sindicato dos Agentes Penitenciários foi comunicado.
“Eu pensando que estava fazendo bem para nossa unidade, que íamos levar ele para que fosse para o aeroporto e íamos se livrar.. Agora servidor de batedor para um cabaré daqueles, quem faz parte dessas macacadas tem que ir para a cadeira, mas do lado de lá, não aqui com a gente”, disse.
“É enojante só de imaginar os bastidores de tais transações ilícitas. E mais do que enojante, preocupante, em saber que os APes ficam como salsichas, entre os bandidos presos e os que deveriam estar, no entanto, por alianças escusas, estão em cargos estratégicos praticando imundícies como essa aí. É uma vergonha e desonra para uma categoria grande como é a de Agentes Penitenciários, estarmos sob os descolmando de meia dúzia de milicianos”, denuncia o agente.

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