Quem são os favoritos para suceder o Papa? Tem brasileiros entre os mais cotados – Nomes cotados
O Colégio Cardinalício, formado por cardeais de diferentes países, será responsável por eleger aquele que guiará a Igreja em um cenário global repleto de desafios. - Nomes cotados
Com a morte do Papa Francisco, a Igreja Católica inicia agora o processo de escolha de seu novo líder, o que acontece por meio do conclave — ritual tradicional em que os cardeais elegem o próximo pontífice.
O Colégio Cardinalício, formado por cardeais de diferentes países, será responsável por eleger aquele que guiará a Igreja em um cenário global repleto de desafios.
Conheça os nomes mais cotados para suceder Francisco, segundo especialistas no Vaticano:
Atual secretário de Estado do Vaticano e figura central na diplomacia da Santa Sé, Parolin, nascido em 1955, foi o primeiro cardeal nomeado por Francisco, em 2013. Com vasta experiência em negociações internacionais e fluente em várias línguas, ele é visto como um articulador discreto e influente. Em 2024, visitou o Brasil e se encontrou com o presidente Lula.
Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Zuppi é próximo de Francisco e defensor de uma Igreja mais inclusiva. É também enviado especial do Papa para a paz na Ucrânia. Com forte atuação social, destaca-se pelo diálogo com comunidades marginalizadas, incluindo a LGBTQIA+.
Patriarca Latino de Jerusalém, Pizzaballa tem papel importante no diálogo entre religiões no Oriente Médio. Franciscano e experiente administrador, foi nomeado cardeal em 2023 e é reconhecido por sua atuação equilibrada em meio a tensões religiosas e políticas da região.
Arcebispo de Marselha, nascido na Argélia, Aveline foi elevado ao cardinalato em 2022 e é visto como um dos favoritos de Francisco. Focado em questões como imigração e diálogo inter-religioso, ele representa a linha pastoral inspirada no atual pontífice.
Com perfil conservador e sólida formação acadêmica, Erdo, arcebispo de Esztergom-Budapeste, lidera o diálogo com as igrejas ortodoxas e tem papel relevante na evangelização da Europa. Foi por muitos anos o cardeal mais jovem do continente.
Poeta, teólogo e prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, Tolentino é considerado parte do grupo progressista da Igreja. Com forte perfil intelectual, foi reitor da PUC portuguesa e é fluente em várias línguas, incluindo hebraico e grego antigos.
Secretário-geral do Sínodo dos Bispos desde 2020, Grech tem se destacado na organização de debates cruciais sobre o futuro da Igreja. Doutor em Direito Canônico, é respeitado por sua escuta pastoral e compromisso com temas sociais.
Antigo presidente da Caritas Internacional, Tagle é carismático e articulador de temas sociais e teológicos. Nomeado cardeal em 2012 por Bento XVI, é um nome que sempre esteve no radar como possível sucessor, mesmo sem ter sido criado cardeal por Francisco.
Ex-bispo no Peru, Prevost foi nomeado em 2023 como prefeito do Dicastério para os Bispos. Membro da Ordem de Santo Agostinho, é responsável pelas nomeações episcopais e tem ganhado destaque na Cúria Romana.
Primeiro cardeal afro-americano da história da Igreja, Gregory é arcebispo de Washington e atua em temas como justiça racial, mudanças climáticas e combate aos abusos. Foi criado cardeal por Francisco em 2020.
Arcebispo de Chicago, Cupich é um dos líderes mais próximos de Francisco na América do Norte. Defensor de uma Igreja acolhedora e atenta às necessidades sociais, tem perfil progressista e pastoral.
Arcebispo de Kinshasa, Ambongo é uma voz importante pela paz e justiça social na África. Nomeado cardeal em 2019, tem se destacado pela defesa dos direitos humanos em contextos de instabilidade política.
Primeiro cardeal da Amazônia, Steiner representa a atenção da Igreja às questões ambientais e sociais da região. Nomeado por Francisco em 2022, tem formação filosófica e forte atuação pastoral na floresta.
Atual arcebispo de Salvador e membro do Conselho de Cardeais, Rocha é teólogo moral com sólida trajetória acadêmica e pastoral. Atuou em dioceses do Norte e Centro-Oeste e tem papel estratégico na estrutura do Vaticano.
Por Mayara Dias