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Promotor denuncia fraude no Ministério Público. Chefe está envolvido

Tribunal de Justiça do PiauíAuditoria realizada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, que era mantida em sigilo, revela que procuradores receberam pagamentos indevidos, inclusive com o uso de “laranjas” e teriam provocado um rombo de mais de meio milhão de reais no Ministério Público do Piauí.

Augusto CésarO CNMP teria constatado uma série de irregularidades no período compreendido entre 2005 a 2008, envolvendo o atual Procurador Geral de Justiça, Augusto César de Andrade, acusado de improbidade administrativa. O procurador teria recebido de forma indevida algo em torno de R$ 280 mil.

O mesmo esquema teria beneficiado com pagamento irregular a procuradora Catarina Gadelha Malta de Moura Rufino, que teria recebido R$ 86.857,50. O pagamento a “laranjas” teria chegado a R$ 445.727,05.

Francisco de JesusO teor da auditoria realizada pelo Conselho Nacional do Ministério Público foi revelado pelo promotor de Justiça, Francisco de Jesus Lima, que responde a processo administrativo disciplinar, em função de conduta incompatível com o cargo.

No último dia 21, o promotor participou de sessão do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí. “Espero que com a divulgação do relatório, os demais procuradores adotem medidas judiciais de ofício, com ajuizamento de ações de improbidades”, disse Jesus Lima. O promotor afirmou ainda que vai disponibilizar a íntegra do relatório, onde consta a relação nominal dos beneficiários, para todos os membros da classe, imprensa e sociedade.

Por telefone o Portal AZ falou com o Procurador Geral da Justiça, Augusto César Andrade. Ele disse que o dinheiro que recebeu durante dois anos, entre o período de 2005 a 2008 foi referente ao exercício de sub-procurador e quando era chefe de gabinete.

“Não só eu como vários outros procuradores receberam essa gratificação. Esse dinheiro é referente ao trabalho que exerci como sub-procurador e quando era chefe de gabinete. Vou lutar até o fim para provar que recebi de forma correta”, argumentou o procurador.

Augusto César disse ainda que o relatório “não é novo, já foi inclusive julgado”. O chefe do Ministério Público acusou o promotor de repassar para a imprensa “assunto antigo, para requentar matéria”.

Ainda segundo o procurador, o processo está em grau de recurso. Foi julgado em Brasília e ele recorreu da decisão.

Fonte: Portal Az

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