A polícia militar apreendeu quinze munições intactas calibre 20 (vinte), de alto poder de destruição, dentro de um veículo do ex-prefeito Ronaldo Lages durante barreira realizada no sábado de aleluia (20) na cidade de Nossa Senhora dos Remédios.
Ele estava no carro no momento da abordagem feita pela equipe liderada pelo Tenente Sabóia Júnior num trecho da PI-112, região norte. “As munições e um ofício foram encaminhadas ao delegado Renato Pinheiro, titular da delegacia de Porto, para instauração de inquérito” informou o Tenente.
Ronaldo conseguiu ser liberado depois de justificar aos PMs que ainda exerce a função de agente da polícia civil, apesar de condenado a mais de 5 anos de prisão em regime fechado.
“Tentamos contato com o delegado que estava de plantão na delegacia regional de Esperantina, Dr. Dennys Sampaio, mas não obtive êxito. O indivíduo justificou sua condição de policial civil e, por falta de material técnico para averiguação, foi liberado naquele momento”, disse.
Ocorre que Ronaldo cumpre prisão domiciliar com medidas cautelares por ordem da justiça em Teresina e não no interior do Estado. Também, não pode portar munições ou armas fora das dependências do prédio da delegacia onde possivelmente teria que se apresentar legalmente.
Complicou a situação:
A situação da prisão de Ronaldo pode ser agravada a partir de agora, sendo que ele foi condenado pelo Juiz Ulysses Gonçalves da Silva Neto, titular do Fórum de Porto, a 4 (quatro) anos de cadeia em regime fechado por ter efetuado disparo de arma de fogo em local habitado e a 1(um) e 7 (meses) de detenção, em regime semiaberto, por resistência à prisão. Teve ainda todos os recursos negados nas instâncias superiores.
O ex-prefeito foi preso em flagrante no dia 16 de dezembro de 2017 após efetuar disparos de arma de fogo durante a festa de emancipação do município de Nossa Senhora dos Remédios. Ele foi preso com sinais de embriaguez e estava com uma arma ponto 40 pertencente a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí.
Ronaldo só estava cumprindo a prisão em regime domiciliar porque a sua defesa havia alegado que ele tem uma filha deficiente que reside em Teresina e não na cidade onde ele foi notificado neste final de semana.
O ex-gestor responde ainda a processo por homicídio pela morte da biomédica Joysa Barros após atropelar e matar a moça e ferir o namorado dela em 2013.
Carta Piaui