Presidente do TJ pede reforço de segurança para os Juízes do Piauí

A morte da Juíza Patrícia Acioli, no Rio de Janeiro, acendeu o alerta no judiciário do Brasil inteiro: muitos magistrados trabalham sem nenhuma garantia de segurança. Envolvida em decisões polêmicas e conhecida pela rigidez nos julgamentos, a Juíza foi executada com 21 tiros quando chegava em casa.

A preocupação também chegou ao Piauí. Em documento enviado ao governador e ao comandante da Polícia Militar, o Desembargador Edvaldo Moura, presidente do Tribunal de Justiça, requisita segurança armada para os quase 100 Fóruns em funcionamento no Estado. (foto no alto).

“O assassinato da Juíza no Rio serviu como motivo para reforçar o pedido que o Tribunal de Justiça já havia feito ao Governo do Estado”, informa José Vidal, Juiz auxiliar da presidência do TJ.

Há muito a Associação dos Magistrados do Piauí (Amapi) bate na tecla da falta de segurança nas Comarcas. Em março deste ano, por exemplo, a entidade cobrou do TJ a adoção de medidas determinadas em 2010 pelo Conselho Nacional de Justiça.

A Resolução Nº 104 do CNJ determina que haja policiamento ostensivo e controle do acesso às Varas criminais e áreas adjacentes. Exige também a instalação de câmaras de vigilância e aparelho detector de metais. Nenhuma dessas medidas foi adotada no Piauí.

“Trabalhamos em absoluta vulnerabilidade”, afirma José Airton Medeiros, presidente da Amapi. Segundo ele, a situação do Piauí não é tão grave como a do Rio de Janeiro. Contudo, Juízes e servidores do judiciário convivem com a insegurança no local de trabalho.

“Se alguém quiser atingir um juiz no local de trabalho, vai conseguir. Em 90% dos Fóruns do Estado não já sequer o controle de quem entre e quem sai”, atesta José Airton. O representante da Amapi declarou não acreditar que o Governo do Estado vá atender ao requerimento do Tribunal de Justiça do Piauí.

Fonte: Portal Az

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