Manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, com diminuição ou perca da sensibilidade, são os principais sinais de hanseníase, doença silenciosa, porém totalmente curável. Entre os dias: 2 a 6 deste mês de agosto, a Prefeitura Municipal de Luzilândia através da Secretaria de Saúde em parceria com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan – Piauí) e o Laboratório Novartis realizarão a primeira semana de combate a hanseníase no município.
Uma mobilização para a busca ativa de casos de hanseníase, num misto de cultura, educação, conscientização e atendimentos irá acontecer em Luzilândia partir de amanhã, com a chegada do Caminhão da Saúde, do projeto Morhan.
A carreta, que estará com vários profissionais de saúde do município prestando os atendimentos, ficará na Praça João José Filho.
Do dia 2 até 6 de agosto, haverá atendimento médico com especialistas em dermatologia, pneumologia e clínico geral, além de ações educativas e de enfermagem, de 8 às 12h e de 13h30min às 17h30min.
Segundo Dr. Alderico, Secretário de Saúde, tudo está pronto para essa prestação de serviço que a será realizado durante toda a semana. “Vamos viver uma semana de intensa mobilização, oferecendo as condições de diagnóstico e tratamento da hanseníase, além de palestras e atividades artístico-culturais, que visam promover a integração de todos”, disse. “O paciente que se consultar e estiver realmente com a doença já é encaminhado diretamente para realização do tratamento em um dos nossos Postos de Saúde”. Declarou o Secretário.
A hanseníase, mais conhecida por lepra, é uma doença infecciosa, de evolução longa, causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado de discriminação e isolamento dos doentes. Nos dias de hoje, com os avanços da medicina, a doença pode ser tratada e curada.
A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminado na família. No entanto é necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Daí a importância da realização dos exames não apenas do doente, mas também dos familiares que convivem com este.
Diagnóstico e tratamento
No diagnóstico e tratamento, a pessoa com suspeita de hanseníase passa por três etapas: o primeiro passo é realizar os exames clínicos que analisam se as manchas têm ou não sensibilidade. Com os exames de sensibilidade dolorosa, térmica e tátil, já se pode verificar grande parte do diagnóstico, para uma maior comprovação, o usuário vai para a segunda etapa, que é a baciloscopia da linfa, que colhe uma amostra da linfa do lóbulo da orelha e do cotovelo. A terceira etapa é a biópsia de pele. Após o diagnóstico, todo o tratamento é feito no PSF e os medicamentos são fornecidos gratuitamente.
Colaboração: Antônio Neto