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Prefeita Vilma Amorim diz que passou 13 dias na Itália, mas não encerra suspeitas

A Prefeita Vilma Carvalho Amorim (PT), afirma que passou 13 dias no exterior, mas não diz como foi e voltou de Fortaleza. Há suspeitas que teria sido de carro (e em sendo de transporte aéreo, o mais sensato seria que apresentasse também ao povo de Esperantina a data correta). Só que a gestora não trata disso na resposta enviada à Câmara de Vereadores.

O ideal também seria que houvesse por parte da promotoria a solicitação do registro da localização telefônica via estações retransmissoras de base e telefonia (ERBs) para se verificar a localização do celular da prefeita quando da sua saída de Esperantina, e assim se confrontar mais uma vez o que ela fala e o que realmente existiu, além de precisar as datas…
Outro detalhe que chama atenção é que os pagamentos realizados neste período de ausência da gestora constam a assinatura digital de Vilma Amorim, e não do vice-prefeito Jânio Filho…

Em resposta oficial a dois requerimentos da Câmara de Vereadores, a prefeita de Esperantina Vilma Amorim, do PT, diz que não deixou o município sem um comando, muito menos se ausentou da cidade por prazo superior a 15 dias, em sua ida à Itália, para uma viagem pessoal – e não a trabalho.
Apresentou para justificar o que estava a dizer, passagens do seu embarque e desembarque em Fortaleza, com escala em Portugal e chegada e saída da Itália.
A prefeita não explicou, porém, como se deslocou até Fortaleza em sua ida e de lá veio para o município que administra. Nem informou as datas. Há suspeitas de que tenha sido de carro.
O uso de rastreamento do celular da gestora esclareceria de uma vez por todas a data exata de sua saída para o aeroporto internacional Pinto Martins, no estado vizinho, e indicaria o meio utilizado para tanto.
Também em sua justificativa aos vereadores, a prefeita informa que transferira sim a administração do município para o vice-prefeito Jânio Filho, em data que afirma ter sido dia 9 de fevereiro, portanto, a poucos dias da viagem. E colaciona conversas de WhatsApp onde aponta que ele geriu a prefeitura.
O vice-prefeito, por sua vez, anunciou em Diário Oficial, e comunicou ao Ministério Público que não recebera o cargo de prefeito oficialmente, e que o documento que assinara foi retroativo ao dia 9 de fevereiro, mas que o ato de transmissão fora, na verdade, confeccionado no início de março, após a chegada da prefeita ao município.
Vilma Amorim diz ter ido para Itália dia 15 de fevereiro deste ano e retornado dia 28 do mesmo mês. Dia 1º de março estava reunida na prefeitura com alguns secretários – quanto a isso não há dúvidas.

Outro detalhe que chama atenção e também não foi explicado à Câmara de Vereadores é o porquê dos pagamentos do município estarem sendo realizados com a assinatura digital da prefeita e não com a do vice-prefeito – algo que em tese deve ser de cunho pessoal e intransferível.
Não há registro de que Jânio Filho tenha feito qualquer pagamento na ausência da titular da Prefeitura de Esperantina.
O Ministério Público abriu investigação para apurar o caso da suposta ausência da prefeita sem transmitir o comando do município.
Já a prefeita sugere que está sendo vítima de um golpe para ser apeada do poder.

Por Romulo Rocha

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