O senador Mão Santa (PSC) lembrou em discurso os 187 anos da Batalha do Jenipapo, que ocorreu em 13 de março às margens do riacho do mesmo nome, no Piauí, quando piauienses, maranhenses e cearenses, quase sem armas, enfrentaram o major João José da Cunha Fidié, comandante das tropas portuguesas no norte. Fidié lutava, cerca de seis meses após a declaração de Independência por Dom Pedro I, para que Portugal não perdesse o controle de algumas áreas do Norte-Nordeste do país.
Mão Santa lembrou que, na Batalha do Jenipapo, os brasileiros foram derrotados, mas enfraqueceram as forças portuguesas, que nos meses seguintes sofreram atos de guerrilhas dos nacionais. Quatro meses depois, o comandante Fidié, encurralado, rendeu-se nas proximidades de Caxias (MA). Foi enviado preso ao Rio de Janeiro e, de lá, deportado para Portugal, onde foi recebido como herói por ter tentado manter nas mãos da coroa portuguesa a parte norte da ex-colônia Brasil.
“A Batalha do Jenipapo foi decisiva para a Independência do Brasil. Nós lutamos com facas, facões e foices, enquanto as tropas portuguesas tinham canhões e era organizada. Eles só não contavam com a coragem dos nossos piauienses, maranhenses e cearenses. Nós lutávamos por nossa terra. Foi uma batalha sangrenta”, disse Mão Santa.
O senador leu um poema de Clodoaldo Freitas, do Piauí, que fala do heroísmo dos brasileiros na Batalha do Jenipapo. Leu ainda frase do poeta Carlos Drummond de Andrade que consta do monumento aos heróis do Jenipapo, localizado no município de Campo Maior (PI). Desde 2005, a data 13 de março, data da batalha, consta da bandeira do estado do Piauí.
Fonte: Agência Senado