Política

Justiça concede prisão domiciliar à vereadora Tatiana Medeiros

Após dois meses detida, parlamentar deixa o quartel da PM e seguirá monitorada por tornozeleira eletrônica

A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) teve sua prisão convertida para o regime domiciliar pela juíza Júnia Feitosa, da 98ª Zona Eleitoral de Teresina.

A decisão foi proferida nesta segunda-feira (2), menos de dois meses após a parlamentar ser presa pela Polícia Federal, durante uma operação no início de abril.

Além da prisão domiciliar, a magistrada manteve o afastamento da vereadora da função pública, o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares. A juíza Júnia assumiu o caso após o afastamento da juíza anterior, Gláucia Mendes, que alegou “motivos de foro íntimo”.

Crises e saúde

Durante o período em que esteve detida no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, Tatiana enfrentou crises nervosas e complicações de saúde. No fim de maio, precisou ser atendida por médicos do Hospital da Polícia Militar após episódios de instabilidade emocional. Dias antes, foi internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) por ter ingerido uma dose elevada de remédio para pressão arterial.

Desde então, a parlamentar passou a ser acompanhada por psicólogos e permaneceu em observação médica no HPM. Seu estado de saúde não foi detalhado oficialmente.

Denúncias e celulares

Tatiana Medeiros é investigada por suspeitas graves, como lavagem de dinheiro, compra de votos, falsidade ideológica e suposto financiamento eleitoral por parte de uma facção criminosa. A vereadora foi alvo de operação da Polícia Federal e segue afastada do cargo.

No dia 20 de maio, um celular e um tablet foram encontrados dentro da cela onde Tatiana estava presa. A mãe dela, Maria Odélia, assumiu que entregou o celular à filha e que o tablet já estava com a vereadora desde o início da prisão. O caso foi registrado pela Corregedoria da Polícia Militar, que abriu investigação para apurar a entrada dos dispositivos.

Investigação em andamento

Mesmo com a concessão da prisão domiciliar, as investigações contra a vereadora continuam em curso. A Justiça Eleitoral mantém o monitoramento das ações da parlamentar enquanto aguarda novos desdobramentos do inquérito.

Meio News

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