Policiais civis e militares e agentes penitenciários articulam greve geral
Policiais civis, agentes penitenciários e policiais militares estão articulando uma paralisação coletiva caso o Governo do Estado não ceda o reajuste salarial prometido anteriormente. No final da tarde de sexta-feira (15), a administração estadual encaminhou uma proposta ao Sindicato dos Policiais Civil do Piauí (Sinpolpi), mas a oferta foi rejeitada.
Segundo o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, na porposta feita por escrito, o Governo do Estado propôs o pagamento de 50% do reajuste em maio de 2015 e dos outros 50% em fevereiro de 2016. Os 100% correspondem a R$ 750.
Na proposta, o Governo do Estado alega crise financeira para cumprir integralmente o reajuste previsto para esse ano – lei aprovada na Assembleia Legislativa prevê reajustes em maio (R$ 750) e novembro (R$ 900).
A direção do Sindicato rejeitou a proposta na noite de sexta-feira e cancelou uma reunião que tinha marcada com o governador Wellington Dias (PT) na manhã deste sábado (16).
“O Sindicato dos Policiais Civis não aceita essa proposta. Mas não sabemos ainda se os policiais militares e os agentes penitenciários vão aceitar. Há uma intenção de realizarmos assembleias no mesmo dia. A Polícia Militar realizaria em frente ao Palácio de Karnak; a Polícia Civil, em frente à Delegacia Geral; e os agentes penitenciários ainda iriam definir o local”, disse Constantino Júnior.
Segundo o sindicalista, na segunda-feira devem ser definidos dias e horários das assembleias. O objetivo, reforçou Constantino Júnior, é que elas aconteçam mesmo dia, mas em locais diferentes.
Segundo apurou a reportagem, o governador Wellington Dias deve se reunir com categorias da Polícia Militar neste sábado. O objetivo é tentar fechar um acordo para o pagamento do reajuste.
Ainda neste sábado, o governador Wellington Dias e a equipe econômica fazem reunião para tentar evitar uma grande greve na segurança pública do Piauí. Mais cedo, o Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Piauí anunciou que deve paralisar suas atividades por tempo indeterminado a partir de 25 de maio.
Por Yala Sena