Polícia

Sobe para 300 o número de terroristas presos no DF, diz polícia

Bolsonaristas radicais foram encaminhados à sede da corporação, onde são interrogados. Vândalos invadiram e depredaram Congresso Nacional, Palácio da Alvorada e Supremo Tribunal Federal (STF)

A Polícia Civil do Distrito Federal informou, por volta das 23h deste domingo (8), que 300 bolsonaristas terroristas foram presos após invadir e depredar o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada e o Supremo Tribunal Federal (STF). Os vândalos foram encaminhados para a sede da corporação, onde são interrogados.

“Estão sendo identificados e ouvidos nos autos do inquérito que investiga todos os atos criminosos ocorridos esta tarde na Esplanada dos Ministérios”, informou a Polícia Civil.

De acordo com a corporação, as prisões em flagrante foram por “tentar depor, por meio de ato de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”. A pena para esse tipo de crime varia entre 4 e 12 anos de prisão.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou, pouco antes das 21h, que 200 pessoas haviam sido presas em flagrante. Minutos antes, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que mais de 400 pessoas já haviam sido presas, no entanto, a informação não foi confirmada pela Polícia Civil.

Violência

Os bolsonaristas radicais entraram em confronto com a PM na Esplanada dos Ministérios e conseguiram invadir os monumentos em Brasília. Os participantes de atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras.

Policiais militares tentaram conter os bolsonaristas com uso de spray de pimenta, no entanto, eles invadiram a área de contenção que cercava o Congresso Nacional. Imagens do local mostram que um veículo da Força Nacional caiu no espelho d’água do Congresso

Vidraças da sede do Congresso foram quebradas. Os bolsonaristas radicais também alcançaram a Câmara dos Deputados e o Palácio do Planalto, onde depredaram os espaços.

Intervenção federal

Com os atos antidemocráticos, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decretou intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal para manter a ordem pública.

“O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão a prédios públicos”, diz o decreto lido por Lula.

A intervenção está prevista para durar até o dia 31 de janeiro. O interventor vai ser Ricardo Garcia, secretário-executivo do Ministério da Justiça.

Meio Norte

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