Secretário Chico Lucas demite policial civil preso por abuso de autoridade
Agente foi alvo de ação conjunta da Delegacia de Repressão aos Crimes Funcionais (DRCF) e do DRACO.
O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, determinou nesta terça-feira (22) a demissão do agente da Polícia Civil Cícero Henrique de Sousa Araújo, por meio de portaria, após julgamento de processo administrativo disciplinar instaurado em outubro do ano passado.
O agente, que exercia suas funções na Delegacia Seccional de Barras, é investigado por uma série de condutas criminosas e foi alvo de ação conjunta da Delegacia de Repressão aos Crimes Funcionais (DRCF) e o Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), em março deste ano, quando foi preso por abuso de autoridade.
No documento, o secretário destacou que a demissão do policial teve como base os artigos 59 e 67 da Lei Complementar nº 37/2004, que rege o Estatuto da Polícia Civil, além de dispositivos da Lei Complementar nº 13/1994.
Prisão em março
Cícero Henrique foi preso no dia 27 de março deste ano em Barras, onde atuava como plantonista. De acordo com o delegado seccional Welder Melo, na época da prisão, o agente descumpriu medida protetiva de urgência e foi enquadrado por abuso de autoridade. Durante o Carnaval, ele teria ameaçado mulheres utilizando uma arma de fogo.
Segundo a Polícia Civil do Piauí, Henrique é investigado em diversos inquéritos que apuram práticas como peculato e tentativa de sequestro. A Delegacia de Repressão aos Crimes Funcionais foi a responsável por representar pela prisão preventiva, diante da gravidade das acusações. Os inquéritos foram abertos a partir de relatos e ocorrências atribuídas ao agente ao longo de seu tempo de serviço, revelando um histórico de irregularidades funcionais.
Alvo de operação em 2017
O policial já havia sido alvo da Operação Infiltrados, deflagrada em maio de 2017 pela própria Secretaria de Segurança do Estado. Na época, ele foi acusado de integrar uma organização criminosa composta por policiais civis, envolvida em fraudes a concursos públicos, com foco no certame da Polícia Civil realizado em 2012. As investigações levaram à denúncia do agente pelo Ministério Público do Estado, junto com outros 12 servidores da segurança pública.
Com a demissão formalizada, o servidor deverá ser notificado para entregar todos os itens funcionais, como carteira, distintivos, armas e qualquer documento que o identifique como agente da Polícia Civil.
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