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Polícia investiga empresário acusado de aplicar golpe milionário contra 300 vítimas em Teresina

Dentre as vítimas há empresários, servidores públicos, advogados e profissionais liberais.

A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo – DECCOTERC – instaurou procedimento investigativo nesta terça-feira (17), a fim de apurar a denúncia de um golpe milionário contra cerca de 300 vítimas que foram lesadas por um investidor, identificado como Francisco das Chagas Chaves da Silva, que oferecia propostas de aplicações financeiras, através da empresa Extreme, com lucro de 10% na bolsa de valores.

Dentre as vítimas há empresários, servidores públicos, advogados e profissionais liberais. Uma delas, que é servidora pública federal e preferiu não ser identificada, conversou com o GP1 na manhã de hoje. Ela registrou Boletim de Ocorrência ainda nessa segunda-feira, depois que Francisco das Chagas Chaves da Silva deixou de responder aos contatos e desapareceu.

Como funcionava

Ela contou que era amiga de Francisco das Chagas e que passou a realizar investimentos com ele no ano de 2023, sempre com retorno de 10% das aplicações que fazia por meio da empresa Extreme, criada no ano de 2022.

 

“A empresa dele existe desde 2022 e sempre deu muito certo. Então, não havia motivos para desconfiar até então. A gente entrou no projeto, confiou e acreditou, e assim foram mais clientes também. A gente fazia a transferência para conta da empresa, através de Pix, e ele fazia operações financeiras, investimentos na Bolsa de Valores com o nosso capital, com a garantia de lucro de 10% ao mês. Esses 10%, ele passava para o cliente e o restante era dele”, disse a vítima.

 

Investidor desapareceu do mapa

 

“No sábado foi a última vez que a gente conseguiu algum contato com ele, foi a última vez que ele respondeu a gente no WhatsApp e depois sumiu, mas ele foi sumindo aos poucos, desaparecendo. No início, ele era bem ativo no grupo, mas ele foi sumindo, as pessoas começaram a cobrar, ele passou a inventar histórias, de que estava fazendo levantamento do dinheiro, que estava operando e que iria pagar todo mundo em um prazo X, que seria no final desse mês de junho. Porém, ele foi sumindo, as pessoas começaram a cobrar cada vez mais, porque ninguém via ele operando, ninguém via ele levantando esse dinheiro, até que o escritório foi fechado, as coisas de dentro do imóvel foram retiradas. Quanto mais as pessoas cobravam, mais ele sumia. O escritório fechou totalmente há cerca de duas semanas”, explicou.

Prejuízo e sentimento de revolta

 

“Revolta, decepção, traição, porque ele era um cara que se dizia amigo, inclusive, as últimas mensagens que ele mandou ao meu marido foi, justamente, dizendo: não se preocupe que eu não vou deixar vocês na mão. Vai dar tudo certo, vocês têm a minha palavra, porque ele também fazia a parte financeira pelo cartão de crédito. Então a gente passava nossos cartões, ele operava com o valor desses cartões e devolvia o valor dos cartões para que a gente pudesse pagar as faturas. Era uma relação de total confiança, total. E ele sempre falou muito para a gente que não iria deixar os amigos na mão e como a gente sempre deu certo, ele sempre cumpriu com os combinados, a gente realmente acreditava que ele iria cumprir”, finalizou.

Polícia Civil vai ouvir vítimas nesta terça-feira

A Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo – DECCOTERC – já recebeu os primeiros boletins de ocorrência encaminhados pela Secretaria de Segurança Pública e as primeiras vítimas serão ouvidas nesta terça-feira. Até o momento, não há informações sobre o paradeiro de Francisco das Chagas Chaves da Silva.

Meio News

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