Polícia Federal pede manutenção de prisão da vereadora Tatiana Medeiros
A Polícia Federal pediu a manutenção da prisão da vereadora Tatiana Medeiros, indiciada por organização criminosa, compra de votos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e peculato-desvio (‘rachadinha’).
A vereadora Tatiana Medeiros está presa desde o dia 3 de abril, quando a PF deflagrou a operação cumprindo também mandados de busca e apreensão em endereços ligados a parlamentar.
Em documento obtido, o Ministério Público Eleitoral solicita a PF que informe se persiste interesse na continuidade da medida cautelar.
“Informe se persiste interesse na continuidade desta medida cautelar, bem como sobre a existência de eventuais diligências em andamento, além de apresentar o relatório final das referidas diligências, caso já tenham sido concluídas”, afirma.
A PF informou que foi pedida a manutenção da prisão da vereadora, que atualmente está presa no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG-PI). Agora o processo segue em trâmite e depende da avaliação do Poder Judiciário, que irá decidir sobre a prisão da parlamentar.
Desde que foi presa, ela tenta na Justiça conseguir responder pelo processo em liberdade. No dia 10 de abril, o juiz Luís Henrique Moreira Rêgo, do 1º Juízo das Garantias do Núcleo I, negou o pedido de revogação e manteve a prisão preventiva.
Três dias depois, o pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) rejeitou por cinco votos a dois o habeas corpus criminal, impetrado pelo advogado Samuel Castelo Branco Santos, em favor da vereadora Tatiana Medeiros.
Investigação da Polícia Federal
O delegado da PF, Daniel Alves, que preside o inquérito indiciou a vereadora, seu namorado Alandilson Cardoso, que está preso em Minas Gerais e seu padrasto Stênio Santos.
De acordo com a investigação da PF, o padrasto de Tatiana Medeiros – Stênio Ferreira Santos – atuava como intermediador da parlamentar em pagamentos relacionados à compra de votos e à lavagem de dinheiro por intermédio do Instituto Vamos Juntos, fundado por Tatiana.
Durante busca e apreensão no Instituto Vamos Juntos, a PF encontrou documentos contendo listas de eleitores e um relatório intitulado “Relatório Votos Válidos”, que consta registros de pagamentos realizados via pix a lideranças e eleitores. Também foram recuperadas informações destruídas de aparelhos eletrônicos da parlamentar. O juiz também determinou a suspensão das atividades da ONG da parlamentar.
Para a PF, a relação estreita entre Stênio Ferreira Santos, o namorado de Tatiana, Alandilson Cardoso Passos, que está preso em Minas Gerais, e Maria Odélia Medeiros, mãe da parlamentar, reforça a existência de um esquema financeiro para beneficiar a eleição de Tatiana Medeiros.
Segundo a investigação, a compra de votos era no valor de R$ 100 e com transferência via pix.
Em áudio, o namorado informou que investiu R$ 1 milhão na campanha da Tatiana e sugeriu que a facção criminosa tinha uma representante na Câmara Municipal.
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