PF cumpre 23 mandados contra fraudes em pensão por morte no INSS do Piauí e Maranhão
Os agenciadores e intermediadores de pensões falsas por morte do INSS são alvos da operação da Polícia Federal que foi realizada hoje (7). O foco, neste momento, são os quatro servidores do INSS, um deles ex-gerente, que já estão presos suspeitos do esquema criminoso.
Uma das buscas ocorreu em um condomínio na avenida Visconde da Parnaíba, no bairro Horto Florestal. A fraude acontecia na agência do INSS do bairro Vermelha, em Teresina.
Hoje, a operação cumpre 23 mandados de busca e apreensão e é o desdobramento da maior operação da Polícia Federal do Piauí e INSS realizada em 2021 e que prendeu 39 pessoas. Entre os presos, na época, foram 17 advogados, oito servidores do INSS que estariam ajudando a quadrilha e 14 intermediários atuaram na ação fraudulenta.
O delegado Lucimar Sobral, da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários da PF, informou que no Piauí ocorrem busca e apreensão em Teresina, Santo Antônio dos Milagres e Angical.
No Maranhão, as buscas ocorreram nas cidades de Timon, Caxias, Parnarama, Matões, Lago do Junco, Barra do Corda e Presidente Dutra.
“É uma ação resultante do desdobramento da operação Bússola que ocorreu em 2021 que investiga fraude na agência do INSS do bairro Vermelha que envolve quatro servidores entre eles um gerente e todos foram afastados e presos”, disse o delegado Lucimar Sobral.
Ele informou que a quadrilha pegava dados de pessoas mortas e criava pensões falsas.
“O que chama atenção é que a quadrilha gerou pagamentos retroativos em grandes valores. Já solicitamos os bloqueios dos benefícios. Algumas pensões geraram valores de R$ 80 mil, R$ 100 mil”, disse o delegado.
Condomínio no Horto Florestal onde ocorreu busca da operação da PF
Matéria atualizada às 8h
A Polícia Federal deflagrou nessa terça-feira (7) a Operação Balaio com o cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão nos estados do Piauí e Maranhão em investigação de fraude na obtenção de pensão por morte no INSS com prejuízo estimado em mais de R$ 81 milhões.
Estão sendo investigados 4 servidores do INSS que supostamente atuariam junto com pessoas que agiam como intermediários em diversos municípios do Piauí e do Maranhão para suposta fraude de benefícios da espécie pensão por morte mediante documentação falsa e direcionamento dos requerimentos de concessão.
Segundo a PF, foram identificados 397 benefícios de pensão por morte de trabalhador rural atrelados às associações criminosas com fortes indícios de fraude.
“O prejuízo efetivo ao INSS, até o momento, é de mais de R$ 81.768.278,86 (oitenta e um milhões, setecentos e sessenta e oito mil, duzentos e setenta e oito reais e oitenta e seis centavos) e se estima, ainda, que a economia futura para o INSS com a identificação e revisão administrativa destes benefícios é no montante de R$ 119.891.662,26 (cento e dezenove milhões, oitocentos e noventa e um mil, seiscentos e sessenta e dois reais e vinte e seis centavos) – cálculo com base na expectativa de vida informada pelo IBGE/quantidade de tempo até 21 anos, se menor”, informou a PF.
No momento foram cumpridos apenas mandados de busca e apreensão, e a investigação segue para a prisão dos suspeitos. A PF ainda conseguiu o bloqueio judicial das contas bancárias de 13 pessoas envolvidas nas fraudes identificadas que somados alcançam o montante de R$ 18.930.399,16 milhões.
Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos, corrupção passiva, falsidade ideológica e corrupção ativa.
Nome da Operação
O nome Balaio, que significa cesto artesanal criado a partir do entrançamento complexo de palhas, foi escolhido pela elevada e pulverizada quantidade de transações bancárias dos investigados com fito de escamotear os reais destinatários dos recursos desviados do INSS.
A operação mobilizou o total de 92 Policiais Federais para o cumprimento de 23 mandados judiciais de Busca e Apreensão, todos expedidos 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Teresina/PI, que judiciais foram cumpridos nos estados do Piauí e Maranhão.
Por Bárbara Rodrigues e Yala Sena (Com informações da PF)