Jovens são encontrados amarrados e seriam mortos pelo “Tribunal do Crime”
Um adolescente de 16 anos e um jovem de 19 anos foram amarrados e agredidos dentro de uma residência na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí.
Quatro pessoas foram presas em flagrante pelos crimes de cárcere privado, lesão corporal e tribunal do crime.
A Polícia Militar chegou ao local antes dos dois serem mortos, após denúncias anônimas sobre a situação.
As vítimas foram identificadas pela Polícia Militar como G.S.S., de 16 anos, e Luan Mota de Lima, de 19 anos. Eles foram encontrados amarrados pelos policiais.
“Luan e G.S.S foram desamarrados e todos foram conduzidos à Central de Flagrantes. Segundo informações, estava acontecendo um Tribunal do Crime, pois tanto Gabriel como Luan pertenciam aos Bonde dos 40, inimigos do PCC”, diz o relatório da Polícia Militar.
Os suspeitos de praticar o crime foram conduzidos à Central de Flagrante de Parnaíba. Dos presos, a Polícia Militar identificou três como integrantes da organização criminosa PCC: Willian de Araújo Carvalho, 21 anos; Geison Pereira Santos, 21 anos; Paulo César Rodrigues Santos, 30 anos. A quarta pessoa presa foi Carlos Alberto Santos Silva, de 20 anos. Um quinto participante conseguiu fugir do local.
A operação foi comandada pelo Tenente Souza Filho, do Pelotão de Policiamento de Trânsito (PPTran), com a equipe da Força Tática de Parnaíba.
A casa em que ocorreu o cárcere privado está localizada na Rua Dr. João Cândido, no Bairro Nova Parnaíba, em Parnaíba. Na operação, a Polícia Militar apreendeu quatro celulares, um facão e várias cordas.
O relatório da Polícia Militar explica que “na residência havia dois jovens, sendo um menor de Idade. Que, segundo os dois, os mesmos foram até o local para comprar bonés quando foram surpreendidos por Willian e Geison e foram amarrados”.
“Luan, bastante agredido, seria morto; depois, Gabriel, pois tinha presenciado o fato. Willian já foi apreendido por furto; Geison preso por roubo em 2017 e 2018; Paulo Cesar foi preso por tráfico de drogas; Carlos, natural da Bahia, disse que não tem passagens pela polícia”, destaca o relatório.
Por Carlienne Carpaso