Polícia

Irmãos presos planejaram morte do marido da secretária; seis foram indiciados

A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou seis pessoas pela morte do empresário João Rodrigues Dias Neto, marido da secretária de Assistência Social de São Raimundo Nonato. Ele foi assassinado na frente das filhas no último dia 13 de setembro.

Entre os presos estão os irmãos Paulo e Patrícia Ferreira, que confessaram o crime durante a investigação. Os irmãos são apontados como os responsáveis pelo planejamento do assassino, sendo o Paulo Ferreira o principal mandante. Os seis estão presos.

Segundo o delegado Marcelo Barreto, responsável pelo inquérito, Juniel Assis apontado como o executor, trabalhou na empresa dos irmãos, uma distribuidora de água, gás e bebidas, e como ele já tinha passagem pela polícia, ofereceram R$ 5 mil pelo crime. Quando a prisão ocorreu, já tinham sido pagos R$ 1, 5 mil.

“No começo eles negaram a participação e talvez tivessem a confiança que não iríamos constituir todo o delito, mas quando conseguimos elementos para representar a prisão deles, e executamos as prisões, se pronunciaram novamente e todos confessaram a participação no delito”, destacou.

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Segundo o delegado os irmãos mesmo confessando, não deram muitos detalhes. “Ele [Paulo] falou estritamente o necessário, estava acompanhado de advogado e tentou contribuir na medida que íamos perguntando, mas ele foi bem sucinto e não se estendeu muito, mas ele confessa. A Patrícia também foi reticente em contar detalhes”, explicou.

Sobre a possível participação de outros irmãos, o delegado Marcelo Barreto afirmou que não foram encontradas provas envolvendo outros irmãos dos acusados.

“Chegamos a ouvir [os outros irmãos], mas o que nós colhemos não teve um estande probatório suficiente para colocar eles. O trabalho da polícia não consiste em achismo, quando a gente parte para a prisão é preciso ter elementos reunidos para a apresentar a causa”, destacou.

 

Foram presos:

Paulo Ferreira – suspeito de ser o mandante do crime e preso no dia 20 de setembro;
Juniel Assis – suspeito de ser o executor do crime e  preso no dia 15 de setembro;
Juliermes – amigo de Paulo, que teria guardado a arma de fogo usada no crime e presenciado todo o planejamento do assassinato.
Patrícia Ferreira –  irmã de Paulo Ferreira, apontado como o mandante do crime, que teria ajudado a planejar;
Mauro de Almeida –  marido de Priscila e cunhado de Paulo, que é suspeito de saber do plano para matar o empresário e participar do pagamento;
Ronigleison – mototaxista, fazia alguns trabalhos para Paulo, e é apontado como o responsável por ceder o carro usado na logística de fuga que levou Juniel, o executor, a São Lourenço do Piauí. Ele também teria cedido seu veículo para fazer o levantamento da rotina da vítima.

 

Agora o inquérito está com o Ministério Público, mas o delegado não descarta novas diligências. “Para a polícia judiciária, essa foi a solução de todo o material coletado no momento, contudo, o Ministério Público e o juiz vão avaliar isso, e novas diligências podem surgir para cumprir algo que seja pertinente”, afirmou.

Crime foi por vingança

O crime teria ocorrido por motivo de vingança pela morte do idoso Pedro Pereira, em junho deste ano, após ele colidir uma motocicleta em uma vaca em uma estrada em São Raimundo Nonato. Logo atrás vinha João Rodrigues em um carro, que acabou batendo também em um animal e passando por cima do corpo do idoso. Em outro o carro estava um filho da vítima, que teria presenciado tudo.

Familiares do idoso, principalmente os filhos, culpavam João Rodrigues pela morte. Uma investigação da Polícia Civil foi realizada, que apontou que o idoso morreu com o impacto da colisão com o animal, e que João Rodrigues não teve culpa.

Inconformados com a morte, familiares começaram a fazer ameaças e perseguições contra a família do empresário, até que um pistoleiro identificado como Juniel Assis, teria sido contratado Em depoimento, Juniel afirmou que a ordem era que a vítima fosse morta na frente das filhas, de 7 e 11 anos.

Câmera flagrou assassinato

João Rodrigues foi morto na frente das duas filhas quando buscava as meninas em uma escola no centro da cidade.  Ele era casado com a empresária Valdênia Costa, secretária do Trabalho e Assistência Social do município.

Nas imagens, um homem espera João Rodrigues passar pela rua. Quando ele vê a motocicleta, o suspeito logo aponta a arma para a vítima e as duas crianças. Ele então realiza disparos de arma de fogo contra João.

A vítima, e a filha mais nova caem no chão, enquanto a mais velha tenta socorrer eles. As duas meninas não ficaram feridas.

Por Bárbara Rodrigues

 

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