Inspetor piauiense está entre as vítimas da chacina em Camocim
Gabriel de Sousa Ferreira trabalhava há mais de 10 anos como inspetor da Polícia Civil do Ceará e residia em Tianguá
O inspetor piauiense Gabriel de Sousa Ferreira, 36 anos, uma das vítimas da chacina de Camocim, foi velado na manhã desta segunda-feira em Teresina. Ele trabalhava há mais de 10 anos como inspetor da Polícia Civil do Ceará e residia em Tianguá.
O corpo de Gabriel será sepultado no cemitério São José, na zona Norte da capital.
Além de Gabriel, as vítimas da tragédia são os três escrivães Antônio Cláudio dos Santos, Antônio José Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira.
Na madrugada do último domingo (14), o inspetor Antônio Alves Dourado, invadiu a Delegacia Regional de Camocim e cometeu o crime. Após fugir em uma viatura, ele se entregou no Quartel da Polícia Militar, onde permanece preso.
Dourado chegou a gravar um vídeo pedindo desculpas, afirmando ter sido humilhado e ser transformado como lixo.“Perdão a todos. Tentei, procurei, fui humilhado, chacoalhado, transformado como lixo; me perseguiram, inventaram, criaram, e aqui estou, em frente da minha casa, destruído, destruí minha esposa, destruí meus filhos, esposa e vários filhos de colegas, alguns que mesmo, ruins e péssimos que eram, mas a família, esposas e filhos não mereciam”, diz o policial no vídeo.
Delegado diz que era alvo principal de Dourado
O delegado regional de Camocim (CE), Adriano Zeferino de Vasconcelos, revelou que o trágico caso de assassinato de colegas de trabalho foi premeditado. O inspetor Antônio Alves Dourado , que cometeu a chacina e empreendeu fulga em um véiculo da polícia antes de se entregar, teria planjeado o crime antes de realizar o massacre.
O delegado ,que está há poucos meses à frente da delegacia, afirma que, desde o início, já havia recebido ameaças veladas do suspeito que afirmava que iria matar colegas de trabalho. “Há quatro dias que eu estou andando de colete para cima e para baixo”, relatou à reportagem do jornal Metrópoles.