Influenciadora é apontada por vítima por perdas de R$ 5 mil em plataforma de apostas
A influenciadora Emília Brito, suspeita de envolvimento em crimes virtuais, foi apontada por uma vítima por fazê-la perder R$ 5 mil em uma das plataformas de jogos de azar que teria sido promovida pela influenciadora.
Segundo o superintendente de Operações Integradas da SSP-PI, delegado Matheus Zanatta, Emília teria utilizado plataformas demo para manipular os seguidores com supostos lucros.
“O que se observou é que você ficava divulgando essas plataformas dizendo que ganhava dinheiro e, na verdade, eram plataformas demo onde você manipulava os seus seguidores. Existe uma vítima que fez uma denúncia contra você, que foi em uma das plataformas e perdeu R$ 5 mil. Então esses crimes configuram lavagem de capitais, estelionato, crime contra defesa do consumidor e jogos de azar”, destacou Zanatta.
O delegado acrescentou ainda que a influenciadora obtinha ganhos por meio das perdas dos seus seguidores nas plataformas de jogos de azar e levava uma vida incompatível com sua movimentação bancária.
“Se verificou também que a remuneração que você ganhava era por meio de cliques desses seus seguidores e pelas perdas dos seus seguidores nessas plataformas. Nós também verificamos uma vida muito incompatível sua com as suas movimentações bancárias, com altas viagens caras, hospedagens em hotéis de luxo e refeições em restaurantes caros”, pontuou.
No Instagram, Emília Brito é seguida por mais de 94 mil pessoas e se apresenta como CEO de uma marca de maquiagem. A polícia cumpriu medidas cautelares, entre elas o bloqueio de valores em sua conta bancária, além da apreensão de celular, veículo e passaporte.
Durante o cumprimento dessas medidas, a influenciadora negou a utilização de plataformas demo.
Operação Laverna
Emília Brito, que possui 94,6 mil seguidores, Tereza Iva Gomes, com 129 mil seguidores, e Thaisa Costa, que soma cerca de 593 mil seguidores, foram alvos da Operação Laverna, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí nesta quinta-feira (11) em Parnaíba.
Segundo as investigações, as influenciadoras são suspeitas de envolvimento em crimes virtuais por meio da promoção de plataformas de apostas ilegais, como o popular “Jogo do Tigrinho”.
De acordo com a Polícia Civil, a divulgação dessas plataformas teria movimentado cerca de R$ 10 milhões.
O delegado Ayslan Magalhães, responsável pelo caso, destacou que as suspeitas podem responder por estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, divulgação de loteria não autorizada e indução do consumidor a erro.
Cidade Verde