Polícia

Influencer movimentou R$ 4 milhões e lavava dinheiro de facção criminosa, diz delegado

O delegado Alisson Macedo, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, informou que o influencer Italo Bruno Nunes da Silva, preso na manhã desta quinta-feira (11) está sendo investigado por lavar dinheiro de facção criminosa.

 

 

Durante coletiva realizada na sede da Secretaria Segurança Pública, os delegados Matheus Zanatta e Humberto Macola detalharam como funcionava o esquema de premiação fraudulenta do influencer.

Segundo a polícia, foi constatado que o influencer tem ligação com um integrante do Bonde dos 40 que está preso em presídio do Estado.

 

“O principal alvo da operação é o Italo Bruno, que mantinha movimentação bancária com uma pessoa que está no sistema prisional e é integrante de facção criminosa. Tudo leva a crer que Italo esquentava o dinheiro da facção, e ele precisa explicar o motivo de estar fazendo movimentação bancária com esse investigado que está no sistema prisional”, disse Matheus Zanatta.

O delegado Alisson Macedo disse que em cerca de um ano Italo Bruno movimento mais de R$ 4 milhões e, que o prêmio de maior valor sorteado pelo influencer foi uma rifa de uma casa, com dois veículos na garagem.

Segundo o delegado, a investigação iniciou após denúncia anônima sobre o jogo de azar.

 

“Foi investigado que há uma discrepância de bens e uso de dinheiro e viagem, que não bate com a renda dele, que deixou de ser motoboy para ser multimilionário”, disse.

Durante a operação foram presas 11 pessoas ligadas ao Italo. Entre os presos estão a mãe, a irmã e uma ex-namorada do influencer, um funcionário da Assembleia Legislativa do Piauí e outras pessoas que trabalhavam com o influencer. A atual namorada de Italo não foi presa, mas está sendo ouvida pela polícia.

“A investigação teve início em julho do ano passado e visou adentrar nos bastidores dos jogos de azar. Nossa investigação encontrou indícios de lavagem de dinheiro dos jogos de azar, que na superfície, as pessoas acham inofensivos, mas quando aprofunda a investigação percebemos transferências para organizações criminosas, lavagem de dinheiro, ocultação de bens e de alto valor, casas em condomínio de luxo”, disse o delegado Humberto Macola.

Na operação foram apreendidos 13 motos e sete carros, entre eles veículos de luxo.

Alguns dos prêmios ofertados por Italo foram entregues aos ganhadores, mas existem pessoas que não receberam prêmios e, falsamente, utilizavam a internet informar que haviam recebido a premiação. Essas pessoas serão investigadas por estelionato.

Matéria original

O influencer Ítalo Bruno foi um dos presos na operação “Jogo Sujo” realizada nesta quinta-feira (11) pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Brunin, como é conhecido, possui 680 mil seguidores no Instagram. Além dele, mais nove prisões já foram realizadas na manhã de hoje, dentro da operação. O objetivo da operação é reprimir os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e jogos de azar.

Conhecido na internet por dar prêmios de carros, motos, e até imóveis, o influencer sorteava rifas no valor de R$ 0,25 centavos e R$ 0,40 centavos. A pessoa pagava pelo ponto na rifa com cartão ou via Pix, e se fosse sorteado ganhava o prêmio, alguns eram de motos equivalentes a R$ 130 mil.

Recentemente, em dezembro, ele sorteou dois carros e uma casa mobiliada. A polícia está investigando de onde vem esse dinheiro que ele está sorteando.

Segundo a Polícia Civil, os investigados são suspeitos de obter vantagem ilícita através da prática de jogos de azar e a ocultação de patrimônio na compra de bens diversos.

Ao todo, 15 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão domiciliar foram cumpridos na capital. Foram apreendidos 13 motos e 7 carros, alguns de luxo.

Ainda durante as investigações, foram identificadas grandes movimentações financeiras entre pessoas vinculadas a uma facção criminosa, com fortes indícios da prática de crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e jogos de azar, cujas penas de reclusão podem atingir até 18 anos de prisão.

Já o nome da operação faz referência à repressão de jogos de azar ilegais veiculados em redes sociais de grande alcance.

Cidade  Verde

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