Polícia

Chantagem e vídeo íntimo terminou com prisão de rapaz após queda de penhasco em Campo Maior

Pais gravam vídeo contando como o filho preso estava sendo ameaçado. Entenda!

Os pais de Antônio Gledson Alves Barbosa, jovem de 20 anos apontado como suspeito de espancar e empurrar o, até então, amigo Gustavo Henrique Alves Pereira de um penhasco, relataram em um vídeo divulgado nas redes sociais que o filho vinha sofrendo ameaças constantes da vítima desde 2017.

Antônio Gledson está preso desde o fim de março, na Penitenciária José de Arimatéia Barbosa Leite, em Campo Maior. A investigação policial o aponta como principal suspeito de espancar e empurrar a vítima de um penhasco no dia 22 de março de 2025. Gustavo Henrique, sobrevivente do ataque, identificou o amigo como o autor do crime e afirmou que não havia motivo aparente para a agressão.

No vídeo, os comerciantes Francisco das Chagas Alves Barbosa, de 46 anos, e Juverlene Alves Silva, de 40, contaram que o filho e a vítima eram amigos, mas que, em determinado momento, tiveram uma conversa de teor íntimo. Desde então, em 2017, segundo os familiares, Gustavo Henrique teria começado a ameaçar expor os prints dessa conversa.

 

“O Gledson compartilhou algumas conversas com o Gustavo e ele se aproveitou e ficou chantageando meu filho. Ele dizia que se o Gledson não se aproximasse dele, não tivesse um vínculo amoroso com ele, ele postaria os prints nas redes sociais”, disse Francisco das Chagas, pai de Gledson.

 

 

“O Gledson acreditou nele e eles tiveram essa relação (sexual), mas o Gustavo gravou e usou o vídeo para afastar o meu filho de namoradas e também ameaçava expor”, completou o comerciante.

 

Foto

Ainda segundo Francisco das Chagas, o filho contou que planejava revelar as chantagens ao pai e à família de Gustavo, mas foi ameaçado: o rapaz teria dito que, se ele contasse, o mataria e cometeria suicídio em seguida.

 

“Daí, ele ficou muito nervoso e com medo do Gustavo. Dias antes da situação, o Gustavo chegou dizendo que queria fazer faculdade com o Gledson em Teresina, mas o meu filho queria estudar em São Paulo. Uns nove dias depois, essa situação aconteceu”, contou.

 

 

“Depois, o Gledson relatou para mim que o Gustavo o ameaçou dizendo que iria matar ele e se matar depois, caso ele fosse para São Paulo. Disse que iria até deixar uma carta falando que o Gledson que teria o matado”, continuou o comerciante.

 

O pai destacou ainda que, na data do crime, Gledson e Gustavo se desentenderam e entraram em luta corporal. Segundo ele, o filho tomou uma atitude impensada ao empurrar a vítima, mas sem a intenção de matá-la

Procurada pelo g1, a defesa de Gledson informou que não irá se pronunciar além do que já foi dito pelos pais do rapaz, uma vez que o processo corre em segredo de Justiça.

 

“Tanto a defesa quanto a acusação, e até mesmo o magistrado, têm restrições para divulgar detalhes ao público”, afirmou.

 

G1

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