Polícia

Cabo da PM é excluído da corporação por envolvimento com esquema de contrabando

O cabo da Polícia Militar do Piauí, Antônio Marcos Silva dos Santos, foi excluído dos quadros da corporação por envolvimento em um esquema de contrabando investigado pela Polícia Federal.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do dia 16 de outubro. O militar atuava no 2º Batalhão da PM, em Parnaíba.

O Conselho de Disciplina foi instalado em 23 de março de 2022, na sala do Subcomando do quartel do 2° BPM, em Parnaíba, para apurar a conduta de Antônio Marcos e do 3º sargento Carlos Henrique, apontados como integrantes de uma organização criminosa.

Segundo as investigações, o cabo era responsável por facilitar o transporte de mercadorias proibidas, deixando de praticar atos de ofício mediante o pagamento de propina. Ele também obtinha e repassava informações privilegiadas sobre fiscalizações. As transações envolviam o litoral dos estados do Piauí, Maranhão e Ceará.

Com a exclusão, foi determinado o recolhimento imediato dos uniformes, insígnias, documentos de identidade militar, porte de arma de fogo e demais bens pertencentes à instituição que estivessem em poder do ex-policial militar, que ainda prestava serviço na unidade.

Operação Delta das Américas

A Operação Delta das Américas foi deflagrada pela Polícia Federal para desarticular uma quadrilha especializada em contrabando e venda de produtos estrangeiros, com envolvimento de agentes públicos. Nesse núcleo, os policiais militares Antônio Marcos, cabo da PM, e Carlos Henrique, 3º sargento, atuavam facilitando o transporte das mercadorias ilegais e obtendo vantagens financeiras.

O relatório apontou que Antônio Marcos teria recebido propina pelo menos 12 vezes desde 2018. O PM afirmou que sua casa foi alvo de busca e apreensão e que nada foi encontrado. Durante depoimento à Polícia Federal, foi questionado sobre áudios de conversas entre ele, outros acusados e um dos líderes da organização, mas disse não se lembrar.

Além de Antônio Marcos, o 3º sargento Carlos Henrique também foi apontado como envolvido no esquema. Ele morreu em novembro de 2022, em decorrência de problemas de saúde, o que extinguiu sua punibilidade.

Durante as investigações, a Polícia Federal realizou buscas e apreensões, quebras de sigilos telefônico e de dados, além do bloqueio e sequestro de bens e valores dos investigados. Também foram cumpridos mandados de prisão preventiva e temporária contra os suspeitos.

Cidade Verde

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