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Polícia Federal usa sala com vidro para vigilante apontar suspeitos

A equipe que investiga a morte da estudante Fernanda Lages está intimando pessoas que tinham relação com a estudante ou estiveram com ela antes de sua morte, para que testemunhas possam identificá-las, através do ato de reconhecimento, fazendo uma possível ligação delas com os fatos.

O vigilante que disse ter visto Fernanda Lages, Nayrinha e um homem sentados à porta do da obra do prédio do Ministério Público, na Avenida João XXIII, foi chamado à sede da Polícia Federal e, através do vidro apontou para um homem que se parece com o que ele vira na madrugada antes da morte de Fernanda.

Nessa sala, onde a testemunha não pode ser vista pelos que são colocados para identificação, a Polícia Federal colocou o advogado Daniel Said, junto com mais quatro pessoas, que seriam da Polícia.

Em outra ocasião, foi a vez de José de Sales ser colocado também junto com outras pessoas para que o vigilante apontasse entre elas, o que ele achasse mais parecido com o sujeito que estaria na companhia de Fernanda e Nayrinha.

Daniel Said e José de Sales não sabem quem o vigilante apontou, porque a Polícia Federal não lhes forneceu qualquer informação sobre o assunto, ao liberá-los.

José de Sales, conta que esteve durante um curto período de tempo com Fernanda Lages na boate Cenário no dia da morte dela. Foi ouvido pela Polícia Federal. Ele já havia sido chamado para prestar esclarecimentos quando o inquérito ainda era presidido pela Polícia Civil.

Na época que foi chamado pela Polícia Civil, José de Sales confirmou que esteve em companhia com Fernanda, mas por pouco tempo. E à PF, o jovem contou novamente a mesma versão.

 “Eu estive com a Fernanda por muito pouco tempo, não mais que cinco minutos. Ela passou por mim, cumprimentou, fumou um cigarro e foi embora”, lembrou o Sales.

José de Sales foi chamado pela PF e orientado a apresentar-se com a mesma roupa que estava no dia 25 de março de 2011, quando Fernanda morreu.

“Eles (os policiais federais) me chamaram e disseram que eu fosse com a mesma roupa que eu estava vestido no dia da morte, uma calça jeans, um tênis branco e uma camisa azul. E assim eu fiz. Ligaram dia sete e eu fui dia oito. Lá eles me colocaram para ser reconhecido pelos vigias”, contou.

José de Sales falou que no dia em que esteve na PF, passou por lá também um rapaz de nome Daniel (Said), um jovem advogado que “ficou” com Fernanda na boate Cenário.

“Ele entrou separadamente de mim na sala para ser ouvido pelos policias federais. Me chamaram lá porque uma menina de nome Melina, amiga de Fernanda, me viu lá na boate com ela e contou para os federais”, explicou.

Após ser colocado para ser reconhecido pelos vigias, Sales foi liberado pela Polícia Federal. No mesmo dia, como ele mesmo já havia informado para as autoridades, viajou para o México. Onde ficou do dia oito até o último domingo (18).

“Se eles (os vigias) tivessem me reconhecido, com certeza os policiais federais teriam me prendido e nunca me deixariam viajar pra lugar nenhum, ainda mais para o exterior”, finalizou Sales.

Fonte: Portal Az

 

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